"É urgente modernizar os sistemas de armas. É urgente assumirmos a prontidão porque o dia de amanhã é incerto", avisou.
O chefe do Exército, general Mendes Ferrão, alertou este domingo, em Viana do Castelo, que os 1587 militares que entraram este ano naquele ramo das Forças Armadas são um "número ainda assim insuficiente, considerando a erosão de efetivos a que temos vindo a assistir". "Estamos, efetivamente, a passar por um momento crítico. É urgente aumentar o recrutamento e a retenção. É urgente modernizar os sistemas de armas. É urgente assumirmos a prontidão porque o dia de amanhã é incerto", avisou. O Exército tem, neste momento, menos de 4 mil praças, menos 44% do que deveria ter.
No seu discurso pelo Dia do Exército, Mendes Ferrão avisou que "o improviso, como a história bem nos ilustra, não conduz a bons resultados", e que por isso "a preparação dos Exércitos requer rigor no planeamento, exigência na preparação e capacidade para antecipar os possíveis cenários de emprego". "Ter um Exército pronto, equipado e com militares motivados, deve ser assumido como uma prioridade dos estados, não de forma circunstancial, mas permanente. As recentes operações militares evidenciam a necessidade de dispormos de sistemas de armas modernos e tecnologicamente evoluídos", afirmou o chefe do Exército. Afirmando que "o Exército tem a real noção do custo da tecnologia e da sua falta, mas conhece a realidade do país", o general Mendes Ferrão avisou que os projetos na Lei de Programação Militar "são apenas os indispensáveis, para evitar a obsolescência dos principais sistemas de armas, e os prioritários, para garantir a continuidade dos compromissos internacionais" e "destinam-se a colmatar lacunas muito relevantes, que derivam do facto de não ter sido possível a sua edificação, ou manutenção no passado".
O general defendeu a aposta na inovação e modernização, mas alertou que "a tecnologia, contudo, não dispensa o elemento humano no campo de batalha. Destruir pode ser feito à distância, mas conquistar, controlar e construir faz-se no terreno". "Não podemos esquecer que os Exércitos se formam, fundamentalmente, para combater. Cumprem outras tarefas, mas, na sua essência, existem para combater!", disse.
"Sendo os recursos humanos o principal centro de gravidade do Exército, merecem a minha maior atenção", afirmou o general, elencando "medidas positivas para o seu bem-estar", mas avisando que tem "expectativa na concretização de outras medidas que valorizem a disponibilidade e o gosto em servir no Exército". "Não podemos ter um Exército com elevada prontidão operacional sem militares, e sem equipamentos modernos e interoperáveis com os nossos parceiros", disse. "O fator humano, que inclui os militares e os nossos trabalhadores civis, deverá estar sempre presente, e merecer a máxima prioridade de toda a estrutura do Exército, das Forças Armadas e da Tutela", afirmou.
Na mesma cerimónia militar, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, assumiu que há consciência da importância de "reforçar o investimento no recrutamento (…) e modernização das capacidades", "uma missão urgente e em curso", que "sem pessoas e meios não há Defesa" e que a tutela está ciente que, para cumprir as missões, "o Exército precisa de meios adequados".
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