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Detidos na Operação 'Nexus' vão conhecer medidas de coação na sexta-feira

Nenhum prestou declarações no primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

10 de julho de 2025 às 15:58

Os detidos na operação Nexus da PJ vão conhecer as medidas de coação sexta-feira pelas 12h. Os seis detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, quarta-feira ao final dia. Nenhum prestou declarações.

Os detidos - quatro funcionários da empresa Decunify, um funcionário da Brisa um especialista de informática da Universidade do Porto, responsável pela aquisição de hardware e software, deverão ser trazidos ao tribunal até ao final do dia de hoje para conhecer as medidas de coação do Juiz de Instrução Criminal, Pedro Miguel Vieira.

O Ministério Público pediu prisão preventiva para dois dos detidos. Para quatro dos detidos, para quem o Ministério Público não pediu medidas de coação privativas da liberdade, foram entretanto libertados pelo Juíz de Instrução Criminal Pedro Miguel Vieira.

Em causa estão crimes de corrupção ativa e passiva, fraude na obtenção de subsídios, viciação das regras de contratação pública e milhões de euros desviados de fundos comunitários, nomeadamente do PRR, em contratos da área informática. 

Foram efetuadas 103 buscas domiciliárias e não domiciliárias, por todo o País, em várias empresas privadas, principalmente de venda de sistemas informáticos, bem como instituições públicas e coletivas, como a Reitoria da Universidade do Porto, o INEM e uma agência de viagens.

A investigação teve origem na participação de irregularidades em vários procedimentos de aquisição de equipamento informático por parte da Universidade do Porto, no âmbito de projetos financiados pelo PRR, indica a PJ em comunicado. A autoridade focou-se também na atividade de um grupo empresarial de comercialização de hardware e software informático.

A operação confirmou a existência de um esquema criminoso organizado para obtenção ilegal de informação privilegiada relativa a procedimentos de contratação pública e privada. Segundo a PJ, vários funcionários receberam vantagens patrimoniais e não patrimoniais. A autoridade revelou ter havido adjudicações de, pelo menos, 20 milhões de euros.

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