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“Estamos há 17 anos à espera”

Processo só esta semana desceu do Constitucional e o camionista continua em liberdade.

19 de fevereiro de 2015 às 17:12

Afonso Dias – que tem uma pena de três anos para cumprir pelo rapto de Rui Pedro, em 1998, em Lousada – continua em liberdade. O processo só desceu do Tribunal Constitucional na segunda-feira, um mês depois de o recurso do camionista ter sido rejeitado. Esse procedimento apenas deveria demorar dez dias, pelo que se desconhece quando é que será ordenada a prisão de Afonso.

Os pais de Rui Pedro aguardam com expectativa a prisão do camionista, de 38 anos. E continuam a acreditar que, quando começar a cumprir a pena por rapto, Afonso pode finalmente decidir contar o que aconteceu ao menor, que foi visto pela última vez quando tinha 11 anos.

"Estamos há 17 anos à espera para saber o que aconteceu ao Pedro, por isso esperamos mais uns dias ou semanas para que o Afonso vá para a cadeia. Ele tem os três anos para cumprir e não há nada que possa agora vir alterar isso", disse ontem ao CM Manuel Mendonça, pai de Rui Pedro.

A mãe do menor desaparecido, Filomena Teixeira, é quem mais sofre com a espera. "Temos estado tranquilos e a viver os dias de forma normal. Mas ela fica sempre mais ansiosa com tudo isto", explicou Manuel Mendonça. Afonso Dias – que estava a trabalhar na Alemanha – regressou a Portugal na semana seguinte à decisão do Tribunal Constitucional ter sido conhecida. Encontrou-se com o seu advogado, Paulo Gomes, e demonstrou vontade de entregar-se o mais rapidamente possível.

A Justiça provou que Rui Pedro foi levado pelo arguido a um encontro com uma prostituta. O menor nunca mais foi visto.

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