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Ex-deputado e autarca açoriano Ricardo Rodrigues suspeito de favorecer irmão

Presidente da Câmara de Vila franca do Campo foi alvo de buscas e constituído arguido. Quando era deputado, furtou gravador a jornalistas.

17 de outubro de 2018 às 01:30

O presidente da Câmara de Vila Franca do Campo (Açores) e ex-vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ricardo Rodrigues, foi esta terça-feira constituído arguido por suspeita de favorecimento do irmão. Em causa estão os crimes de abuso de poder e de participação económica em negócio.

A Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara de Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel, e nas habitações de Ricardo Rodrigues e do irmão, Luís Rodrigues. Foram apreendidos vários documentos, segundo apurou o CM. E, para já, não foram emitidos mandados de detenção.

A investigação está relacionada com suspeitas que envolvem a concessão de um restaurante, por parte da autarquia, a uma associação fundada por Luís Rodrigues e Orlando Guimarães, marido da vereadora socialista Nélia Guimarães. O processo de concessão do espaço, financiado com dinheiros públicos, está na mira dos investigadores.

Polémicas com gravador e caso de pedofilia

Esta não é a primeira vez que o antigo deputado socialista se vê envolvido em polémica. Em 2010 foi filmado a tirar e a meter nos bolsos os gravadores de dois jornalistas da ‘Sábado’, que o entrevistavam. Irritou-se com questões relacionadas com os casos de pedofilia e de fraude que o envolviam na altura. Ricardo Rodrigues era secretário regional da Agricultura e Pescas dos Açores quando rebentou, em 2003, o escândalo de pedofilia nos Açores, conhecido por caso Farfalha. O advogado nunca foi constituído arguido e após a demissão foi eleito deputado.

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