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Fatura de 700 mil euros a quem poluiu o rio Tejo

Verba apontada foi gasta em mão de obra para retirar as lamas poluídas do fundo do rio.

28 de outubro de 2018 às 01:30

O Ministério do Ambiente tem uma fatura de 700 mil euros para cobrar aos responsáveis pela poluição do rio Tejo, em janeiro, se o inquérito-crime do Ministério Público, ainda em curso, concluir com rigor quem foram os autores das descargas causadoras de enormes manchas de espuma que se acumularam junto ao açude de Abrantes.

A limpeza do rio Tejo custou 1,7 milhões de euros: "Um milhão foi para o equipamento e os 700 mil euros foram de mão de obra - para a retirada de 90 mil m3 de lama - e tudo faremos para recuperar essa verba, caso venha a haver uma acusação do Ministério Público", disse este sábado o ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, à margem de um seminário sobre o rio Tejo, em Abrantes.

Desde o início do ano, no âmbito do Plano Integrado de Fiscalização, houve 280 inspeções "a diversos pontos de potenciais poluidores" e foram levantados 30 autos de noticia. "Muitos deles se converterão em decisões sancionatórias", explicou o governante, destacando a "mudança" no sistema de Justiça, com "mais acusações de crime ambiental" e multas de valor muito elevado.

Na abertura do seminário, Matos Fernandes revelou que desde a mortandade de peixes no cais do Arneiro, em Nisa, em novembro do ano passado, foram realizadas 13 mil análises, assim que o rio entra em Portugal e até Constância, onde se encontra com o Zêzere.

O encontro visou uma "reflexão conjunta para perceber qual a quantidade e qualidade de água do Tejo", disse ao CM Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes.

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