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Fim de unidade de saúde leva a revolta dos utentes

Médica está de baixa há dois anos, administrativa adoeceu e enfermeira está de férias.

15 de agosto de 2016 às 11:16

A extensão de saúde de São João do Campo, em Coimbra, está encerrada desde julho e os mais de dois mil utentes da unidade têm de se deslocar a outro centro de saúde para terem consultas.

O encerramento gera desconforto e indignação da população e já levou a manifestações populares nas ruas. A médica residente está de baixa há mais de dois anos, a administrativa também ficou de baixa e a enfermeira está de férias. "Amanhã deve chegar a enfermeira de férias e o posto fica a trabalhar a 33%. Fica um posto de enfermagem. Mas falta um médico e um administrativo para ser uma extensão de saúde com todas as valências", explicou João Coutinho, vice-presidente da Junta de Freguesia de S. João do Campo. Segundo o autarca, há mais de dez anos que o serviço é intermitente, com médicos de substituição. "Foram sempre substituindo os médicos. Chegaram a ser três. Recentemente, a situação tornou-se insustentável e as pessoas estão muito revoltadas".

Aos responsáveis chegou a promessa de que a extensão de saúde não é para fechar. "Tivemos uma reunião com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, que nos deu a garantia de que a extensão não ia encerrar. Mas estamos apreensivos", refere.

Entretanto, os utentes, para serem consultados, têm de se dirigir ao Centro de Saúde Fernão de Magalhães, em Coimbra. Revoltados, avançaram com um abaixo-assinado que reúne já cerca de 800 assinaturas. Será enviado, entre outras entidades, à Assembleia da República.

O CM contactou o agrupamento de centros de saúde mas não obteve resposta.

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