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Imagens provam violência do ataque a Fábio Guerra

“Reconheço-me nas imagens e fui eu que dei um soco e um pontapé na cabeça de Fábio Guerra”, Vadym Hrynko.

13 de abril de 2023 às 01:30
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Imagens de videovigilância mostram brutal agressão a estrangeiro à porta de discoteca em Lisboa. Veja o vídeo

As imagens são de tal forma claras que Vadym pediu a palavra. “Reconheço-me 

nas imagens e fui eu que dei um soco e um pontapé na cabeça de Fábio Guerra.”

A confissão do arguido, a par de Cláudio Coimbra - ambos ex-fuzileiros -, acusado de matar em março de 2022 um agente da PSP à porta do Mome, uma discoteca na 24 de Julho, em Lisboa, acontece depois do tribunal ter permitido que os vídeos juntos ao processo fossem visualizados. O que levou a que os pais de Fábio tivessem ficado em lágrimas.

Do lado dos arguidos houve mais frieza, mas também o ex-fuzileiro Vadym Hrynko começou a dar mostras de emoção. Muitas vezes olhou para o chão a evitar as imagens à sua frente: o momento em que batia em polícias, até que ficaram inanimados. E até que um deles, Fábio Guerra, ficou tão gravemente ferido que acabou por morrer.

“Há um rapaz no chão, tentei ajudá-lo. Há outro que cai. Era o Fábio, dirigi-me a ele. O Fábio estava no meu colo e ali ficou”, este é o relato de Afonso, um dos jovens que presenciaram as agressões violentas que culminaram na morte do agente da PSP.

“O Fábio disse-me que era polícia”, referiu.

O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, e o diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, deverão esta quinta-feira testemunhar no julgamento.

Débora, agente da PSP e colega de Fábio Guerra, relembrou esta quarta-feira a noite trágica. “Vem, que é com os nossos”, disse a outro agente, quando se apercebeu do que acontecia.

“Vejo duas pessoas a tentar reanimar o Fábio. Estavam completamente assustadas com a situação”, disse esta quarta-feira Rafael, outro agente da PSP.

Juíza acalma intervenções da defesa

A juíza-presidente Helena Susana travou, diversas vezes, intervenções da defesa dos arguidos. “Conhecia os arguidos? Como é que era possível saberem que é polícia?”, perguntou o advogado de Cláudio Coimbra a Henrique, também agente da PSP e colega de Fábio Guerra.“Se alguém se diz polícia, de facto, é normal pensar que são polícias”, referiu a magistrada.

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