Fogo foi dado como dominado. Chamas ameaçaram aldeias em Cascais e 300 pessoas foram retiradas de parque de campismo.
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O incêndio que deflagrou com intensidade na serra de Sintra, em Lisboa, com duas frentes ativas, provocou 21 feridos este domingo e foi dado como dominado, cerca de 12 horas depois das chamas começarem a alastrar-se.
O período crítico foi anunciado até às 15 horas, devido ao perigo de reacendimento, mas só uma estrada está cortada, que liga o Guincho à Malveira. Todas as outras estradas estão condicionadas.
O fogo obrigou à assistência de um ferido leve civil com queimaduras nos membros superiores e inferiores, e ainda 20 bombeiros.
Num briefing feito pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), 300 pessoas foram retiradas de um parque de campismo. Não há a confirmação de que uma casa tenha ardido por completo, mas sim um anexo de habitação.
Várias aldeias foram evacuadas e 47 pessoas foram retiradas das casas de várias localidades em toda a área do incêndio, como Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas.
O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, explicou que o incêndio desenvolveu-se numa zona de mato e de acácias, não sendo muito significativa a área ardida no concelho.
O grupo inclui algumas famílias que trouxeram os seus animais domésticos e muitos estrangeiros que estavam no parque de campismo de Cascais.
Estiveram no local membros da Polícia Judiciária. Sete meios aéreos ao nascer do sol para o combate às chamas
O combate ao incêndio que lavra na serra de Sintra, Lisboa, já conta com meios aéreos pesados no terreno, que começaram a atuar.
Quatro aviões anfíbios, dois helicópteros, um pesado e outro ligeiro, e um avião de reconhecimento já foram acionados.
Às 08h00, o vento já não se fazia sentir com tanta intensidade, o que facilita o trabalho dos 762 bombeiros que estão no local.
Segundo fonte da ANPC, o balanço de danos é de um veículo ligeiro ardido, assim como uma casa e ainda outros três anexos.
O incêndio, que continua a lavrar com muita intensidade e a ameaçar casas na Charneca, está a ser apoiado pela Câmara Municipal de Sintra e Cascais.
Apesar de tudo, o presidente da Câmara de Cascais disse que o combate ao incêndio está a decorrer favoravelmente já que o "pior inimigo", o vento, acalmou a partir das 06h00.
"O incêndio não está extinto, mas está controlado. Para isso, ajudou o vento, que foi o pior inimigo, ter acalmado. O vento caiu às 06h00 e, a partir daí, os homens no terreno começaram a ter capacidade" de o controlar, disse Carlos Carreiras.
Mais de 700 operacionais no terreno
Às 7h15, o fogo estava a ser combatido por 732 operacionais e 218 meios terrestres, quando se aguardava o nascer do sol para atuarem os meios aéreos pesados.
Três meios aéreos pesados, dois aviões e um helicóptero, foram mobilizados para o combate ao incêndio, segundo informou fonte oficial da ANPC.
Os números divulgados pela ANPC, no seu sítio na Internet, revelam a dificuldade em controlar um fogo que afeta os concelhos de Sintra e de Cascais, cujo combate tem sido dificultado pelos fortes ventos registados na zona.
Uma casa ardida e 47 pessoas retiradas
André Fernandes, comandante operacional da Proteção Civil de Lisboa, explicou em conferência de imprensa pelas 4h30 que o fogo que começou na zona da Peninha, na Serra de Sintra desceu até à zona do Guincho, chegando à Praia do Abano e à Charneca, já no concelho de Cascais.
Uma casa de habitação ardeu e dois bombeiros ficaram feridos, embora sem gravidade.
Dezenas de pessoas tiveram de ser retiradas do Parque de Campismo (que foi evacuado) do Guincho, Biscaia, Figueira do Guincho, Almoinhas Velhas. Dois centros hípicos da zona também foram evacuados.
Pelo menos 47 pessoas foram retiradas das suas casas e levadas para a Sociedade Recreativa da Malveira da Serra, e para o Pavilhão Dramático de Cascais.
Os operacionais esperam pelo nascer do dia para poder usar meios aéreos pesados. Combatem o fogo cerca e 600 operacionais.
Rajadas de vento de 100 km/h dificultam combate
O vento tem sido o grande inimigo dos bombeiros. Rajadas que atingem a velocidade de 100 quilómetros por hora preocupam as autoridades que combatem as chamas do grande incêndio que se aproxima da Malveira da Serra.
O oficial de operações da Proteção Civil, Paulo Santos, admitiu à agência Lusa que possam ter existido algumas casas afetadas pelo fogo mas disse não dispor ainda de dados concretos.
Questionado sobre se haveria algum risco para a povoação de Malveira da Serra, Paulo Santos disse que "neste momento não".
Fogo em Sintra controlado, mas lavra em Cascais
Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, disse à CMTV que o incêndio em Sintra está em fase de rescaldo e que a noite será de muita vigilância. O autarca disse ainda estar solidário com Cascais onde lavra agora o incêndio que começou na zona do Convento da Peninha, na serra de Sintra. No local estavam, às 04h00, 636 bombeiros apoiados por 185 veículos.
O fogo avançou rapidamente em direção a Cascais e obrigou à evacuação de três localidades: Biscaia, Figueira do Guincho e Almoinhas Velhas.
O Parque de Campismo do Guincho já foi também evacuado. O fogo está a descer a serra em direção ao Guincho, no concelho de Cascais, empurrado por ventos muito fortes.
As autoridades já estão a contactar as populações para que as aldeias próximas do incêndio sejam evacuadas "preventivamente" e dão conta de que já estão preparados centros de acolhimento para as populações que tenham de ser evacuadas.
O incêndio tem duas frentes ativas e deflagra numa zona de mato cerrado e de difíceis acessos, por ser uma zona rochosa e com grandes declives. Os ventos que se fazem sentir também não estão a facilitar o combate.
Momentos de aflição no posto de comando
Em contacto telefónico com a CMTV, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, mostrava, pelas 00h30 a sua grande preocupação. "Isto é uma desgraça, temos de sair daqui", dizia o autarca colocado no posto de comando do combate ao fogo, instalado na aldeia de Malveira-Guincho.
"É uma desgraça, temos de sair daqui", diz presidente da Câmara de Sintra no posto de comando do fogo
Notoriamente transtornado com a dimensão do fogo, Basílio Horta sublinhou à CMTV o "o terrível vento" que se faz sentir na zona, e que tem ajudado a propagar as chamas. O autarca apelou às populações para se manterem longe da zona de chamas.
O fogo começou na zona do Convento da Peninha, um dos pontos mais altos da Serra de Sintra. Os bombeiros tentam a todo o custo controlar as chamas para que estes não alastrem a outras zonas do Parque Natural de Sintra Cascais.
Através do site BeachCam é possível ver que, da praia do Guincho, já é possível ver as chamas.
Fogo de grandes proporções na serra de Sintra
Fogo descontrolado
De acordo com fonte dos bombeiros de Sintra pelas 00h30, o fogo "está muito complicado". uma das frentes está a descer a serra em direção ao Guincho, estando já perto da aldeia de Malveira-Guincho.
As autoridades estão a pedir à população que não se aproximem do local, para manter as estreitas estradas de acesso à serra transitáveis.
"Esperam-se horas de muito trabalho", disse Jorge Mendes, da Associação dos Comandos dos Bombeiros Portugueses à CMTV. O comandante está convicto de que o fogo teve origem criminosa, dada a hora e o local onde começou.
As equipas de reportagem da CMTV captaram imagens que mostram uma frente impressionante com vários quilómetros de fogo.
As estradas estão a ser cortadas por razões de segurança e muitos são os condutores que têm de voltar para trás perante a dimensão do incêndio.
Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se ao local
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Sintra, onde se encontra a acompanhar a evolução do incêndio que deflagrou na zona da Peninha, numa zona de mato na serra.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou aos Paços do Concelho por volta das 00h45 para acompanhar, juntamente com o presidente da autarquia, Basílio Horta, a evolução do incêndio que lavra desde sábado à noite na zona da Peninha, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais.
Em atualização
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