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Mãe de Sócrates apresenta atestado médico para não testemunhar em julgamento

Juíza não aceitou atestado médico e Maria Adelaide tem de justificar a falta sob pena de multa.

30 de outubro de 2025 às 10:24

A mãe de José Sócrates, Maria Adelaide Monteiro, apresentou um atestado médico para não testemunhar na 32.ª sessão de julgamento da Operação Marquês, esta quinta-feira. Atestado deu entrada na quarta-feira, mas já fora do horário que permitiria contactar outra testemunha.

O atestado de Maria Adelaide fala em dificuldades de mobilidade. O Ministério Público pediu para que a justificação não fosse aceite e que a falta seja considerada pelo tribunal, uma vez que "não é uma dificuldade súbita. No próprio atestado consta que é um problema de longa data, pelo que podia ter sido comunicada a tempo".

Para além da mãe de Sócrates, também o advogado do antigo primeiro-ministro e o advogado de Sofia Fava não estão presentes. Foram contactados pelo tribunal. Pedro Delille, que representa José Sócrates, explicou estar atrasado. Filipe Batista, advogado de Sofia Fava, não atendeu.

Nesse sentido, o tribunal contactou os advogados indicados como substitutos dos advogados principais dos arguidos referidos. Mas nenhum pôde comparecer no imediato para substituir os advogados Delille e Batista.

Assim sendo, foram nomeadas duas advogadas oficiosas que estavam de escala e que já estão na sala para representar legalmente os dois arguidos.

A juíza considerou que houve conduta ofensiva de Delille e remeteu a situação para Ordem dos Advogados. "Atitude manifestamente ofensiva para com os deveres que lhes competem", disse a magistrada em tribunal.

A juíza acabou por não aceitar o atestado de Maria Adelaide e justificou: "documento atesta o estado de saúde da mesma. Mas que se saiba Pedro Delille não é representante legal de Maria Adelaide. Como tal, o tribunal não dispõe de elementos que permitam atestar que a falta é injustificada. Assim o tribunal concede à testemunha 3 dias para justificar a falta".

A mãe de Sócrates tem assim de justificar a falta sob pena de ter de pagar uma multa.

José Sócrates está pronunciado (acusado após instrução) de 22 crimes, incluindo três de corrupção, por ter, alegadamente, recebido dinheiro para beneficiar em dossiês distintos o grupo Lena, o Grupo Espírito Santo (GES) e o 'resort' algarvio de Vale do Lobo.

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