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Novas revelações: Delegado da Polícia Federal e João Loureiro falam pela primeira vez sobre rede de narcotráfico

Loureiro surpreendido com detenção do "amigo" Rowles Magalhães e da ex-namorada, Nelma Kodama.

22 de abril de 2022 às 11:57

Depois de mais de um ano sob investigação, João Loureiro foi descartado de qualquer envolvimento no negócio da droga mas confessa-se " muito surpreendido" com a detenção do "amigo"  há mais de uma década Rowles Magalhães e da ex-namorada, Nelma Kodama, detida no hotel Ritz em Lisboa, esta semana.

"Ainda estou a processar toda esta informação", desabafou à Investigação SÁBADO, num depoimento exclusivo que pode ver esta noite na CMTV, depois do CM Jornal das 20h.

Também em declarações exclusivas à Investigação SÁBADO, o delegado da Polícia Federal da Baía, que desvendou este caso, Adair Gregório, admite ter pedido 15 mandados de prisão e reconhece que o juíz do processo só aceitou validar 9, correspondendo aos cabecilhas da rede.

De fora, ficaram os mecânicos apontados como os autores materiais que permitiram colocar 700 quilos de cocaína dentro da fuselagem do Falcon 900 da empresa portuguesa OMNI, incluindo o espanhol - desaparecido desde que a droga foi encontrada no aeroporto de Salvador em fevereiro do ano passado -  Mansur Heredia. A Polícia Federal brasileira também não conseguiu localizar Ricardo Agostinho, sócio de Rowles Magalhães, na compra da OMNI, nem Marcelo Lemos, que fretou o voo da companhia portuguesa e, à chegada do avião, se auto-intitulou dono do hangar da Flyway e solicitou, inesperadamente, ao piloto que lhe entregasse a chave do avião, o que veio a suceder, permitindo que os 700 quilos de droga fossem introduzidos durante esses 5 dias no aeroporto de Jundiaí, nos arredores de São Paulo.

O delegado lamenta que o juiz só tenha validado as prisões para os cabecilhas desta rede que, segundo afirma, terão feito pelo menos 5 viagens em jatos privados, conseguindo transportar, com êxito para Portugal, mais de 2.500 quilos de cocaína. Entre eles está também um ex-secretário de Estado do Brasil, Nilton Borgatto que foi preso em Cuiabá e que, ao lado de Rowles Magalhães, era o responsável pelo transporte da droga em voos transatlânticos usando altos níveis de influência política.

Esta rede esteve operacional, pelo menos desde 2020.

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