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Ex-procurador em prisão preventiva

Orlando Figueira cumpre medida na prisão de Évora.

25 de fevereiro de 2016 às 20:12

O procurador Orlando Figueira, acusado de corrupção ativa, ficou em prisão preventiva. A medida será cumprida no Estabelecimento Prisional de Évora.

Depois de ter sido ouvido durante a tarde desta quinta-feira a juíza determinou a prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, por considerar que há fortes indícios da prática do crime de corrupção passiva e também de branqueamento e falsidade informática.

A juíza considerou haver o perigo de perturbação da tranquilidade e da ordem pública e também o perigo de fuga, pelo que Orlando Figueira ficará em prisão preventiva e será transferido ainda hoje para o estabelecimento prisional de Évora.

"O arguido foi considerado fortemente indiciado" pela prática dos crimes de "corrupção passiva, na forma agravada" e de um crime de falsidade informática e outro de branqueamento, diz-se no comunicado.

Foi considerado "existir em concreto", além do perigo de perturbação e da fuga, o perigo de perturbação do decurso do inquérito, explica-se ainda no comunicado.

Detido na terça-feira

O procurador do Ministério Público - em licença sem vencimento desde 2012 -, foi detido, no âmbito da "Operação Fizz", por suspeitas de corrupção passiva, branqueamento de capitais e falsidade informática.

Na mesma investigação, o vice-presidente de Angola Manuel Vicente e o seu avogado Paulo Blanco estão indiciados de corrupção ativa, em co-autoria.

Orlando Figueira foi o procurador responsável pelos processos "BES Angola" e "Caso Banif", que arquivou, relacionados com capitais angolanos.

Manuel Vicente não é arguido

"Neste momento, o inquérito tem três arguidos constituídos - uma pessoa coletiva e duas singulares - não se encontrando entre os mesmos Manuel Vicente", refere o Ministério Público, num comunicado enviado à agência Lusa.

As duas pessoas constituídas arguidas no âmbito da "Operação Fizz" são o procurador Orlando Figueira, que hoje ficou preso preventivamente por decisão judicial, e advogado Paulo Blanco, que representou o vice-presidente de Angola na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em 2012, e cujo escritório de advogacia foi alvo de buscas.

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