Florival da Silva, de 50 anos, pastor contratado pela Força Aérea Portuguesa para tomar conta das ovelhas que existem do Campo de Tiro de Alcochete, morreu esta sexta-feira no interior daquela base militar, havendo suspeitas de crime. Foi encontrado, casualmente, por um militar que passava na zona rural. Estava junto ao rebanho e teria, de acordo com algumas fontes do socorro, uma faca cravada no pescoço.
A morte está a ser investigada pela PJ Militar, que enviou uma equipa para o campo de tiro de Alcochete. O homem ocupava a função há uma semana, tendo substituído um outro pastor que se reformou, explicou ao CM fonte oficial da Força Aérea. Encontrava-se no processo de mudança para a casa do pastor existente no interior da base.
Florival dormiu nessa casa, com a mulher Isabel, que contou às autoridades e aos familiares da vítima que, pelas 08h00, o pastor "bebeu um copo de leite e saiu dizendo que iria ver as ovelhas e regressaria mais tarde para tomar o pequeno-almoço". Mas Florival Silva apenas foi novamente visto pelas 09h00, pelo militar que encontrou o corpo num campo junto ao rebanho. Estava no exterior do perímetro administrativo da base, afastado dos edifícios. Foi chamado o INEM, que acabou por confirmar o óbito no local.
O CM sabe que a GNR ainda surgiu na porta de armas da base, mas não lhes foi permitida a entrada porque já lá se encontrava a PJM. O corpo foi transportado para a morgue do Barreiro. A autópsia deverá esclarecer a morte. Florival Silva é de Foros do Locário (Santiago do Cacém) e residiu em Pegões.