Meios de socorro estão a fazer "o confinamento ou a evacuação das diferentes aldeias que se encontram na linha de fogo".
O incêndio que reativou esta segunda-feira na serra da Estrela está a lavrar com uma "intensidade elevada", registando um "comportamento violento", e pelas 22:00 atingia os municípios de Manteigas, Covilhã e da Guarda, disse o comandante nacional de proteção civil.
"É um incêndio com um comportamento violento, em muitas áreas com uma intensidade elevada", afirmou André Fernandes, numa conferência de imprensa na sede nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).
Neste momento, acrescentou, os meios de socorro estão a fazer "o confinamento ou a evacuação das diferentes aldeias que se encontram na linha de fogo".
André Fernandes não adiantou, contudo, o número de pessoas que já foram retiradas das habitações ou que ficaram confinadas, salientando que "são operações que estão a decorrer ao ritmo que a frente de fogo avança".
Segundo o comandante nacional de Proteção Civil, a reativação que se verificou esta segunda-feira do incêndio na serra da Estrela teve origem em "três ignições em simultâneo no Vale da Amoreira", em Manteigas, distrito da Guarda, "com expansão para os concelhos da Covilhã [distrito de Castelo Branco] e da Guarda".
"A 30 quilómetros, mais ou menos distanciado por 30 minutos, houve uma nova ignição no distrito da Guarda", acrescentou, salientando que com esta multiplicidade de ignições é também necessário gerir os meios.
O ataque inicial para estas três ignições no Vale da Amoreira foi efetuado pelos meios que estavam a fazer a vigilância ao incêndio que foi dominado no fim de semana e "foram também prontamente mobilizados os meios aéreos", disse o responsável.
No combate às chamas estão esta noite envolvidos mais de 700 operacionais, apoiados por mais de duas centenas de viaturas.
O dispositivo, referiu ainda André Fernandes, já foi reforçado com 17 grupos de combate dos corpos de bombeiros, duas equipas da Unidade Especial de Proteção e Socorro da GNR, além de máquinas de rasto do Instituto de Conservação da Natureza, bombeiros e autarquias envolvidas.
André Fernandes adiantou igualmente que a meteorologia prevista para o resto da noite e madrugada "não é favorável" às operações de combate, com "vento forte com rajadas que podem atingir os 40 quilómetros por hora" e uma humidade relativa baixa.
"Espera-se uma noite de combate efetivo", reforçou, indicando que a estratégia será salvaguardar "a integridade física da população e dos combatentes" e "a defesa do património edificado" e, depois "aproveitar as janelas de oportunidades", nomeadamente "aquilo que são as zonas agrícolas que podem servir de tampão ao incêndio".
O comandante nacional da Proteção Civil indicou também que "todos os meios mobilizáveis estão no teatro de operações" ou a caminho, esperando-se "um reforço efetivo de meios nas próximas horas".
Foi também articulado com a GNR um reforço de meios para "garantir que não hajam mais ignições na serra da Estrela nos próximos dias", disse.
"Este é o mote: se não houver ignições, também não há a deflagração dos incêndios", reforçou, apelando à população para que não se aproxime das frentes de fogo, nem se dirija para pontos altos para ver a progressão das chamas.
André Fernandes disse igualmente não existir registo de "vítimas ou de assistidos" e que os únicos danos conhecidos são numa habitação em Vale Formoso que estaria devoluta.
Apesar de nos concelhos da serra da Estrela terem ocorrido outros incêndios rurais esta semana, este incêndio, que deflagrou na madrugada do dia 06 (sábado) na Covilhã (distrito de Castelo Branco), destacou-se pela sua dimensão, uma vez que só foi dominado uma semana depois, na noite de sexta-feira, dia 12.
Além de atingir o concelho da Covilhã, chegou a Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, no vizinho distrito da Guarda, queimando um total superior a 14 mil hectares, segundo dados provisórios. Em causa está uma área de parque natural classificada.
Segundo a pagina da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 23:50 estavam a combater este incêndio 793 operacionais, com 252 viaturas.
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