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Rapta mariscador para sacar 4 mil euros

Grupo vigia homens que só fazem negócio com dinheiro vivo.

24 de maio de 2018 às 01:30

Vigiavam os mariscadores da Margem Sul do Tejo sabendo que estes negociam apenas em dinheiro vivo, porque apanham amêijoa de forma ilegal. Já com alvos identificados, o grupo de feirantes de Vialonga e Unhos apanhava as vítimas sozinhas e roubavam–nas no Barreiro. Foram quatro casos apenas em agosto de 2017. Num deles sequestraram o mariscador e libertaram–no num local ermo a mais de 50 km.

A PJ de Setúbal deteve agora um dos suspeitos. É um homem de 30 anos, com antecedentes criminais por tentativa de homicídio e arma proibida. Faz parte de um grupo alargado e participou nos quatro assaltos entre 11 e 19 de agosto. Caiu numa operação musculada que contou com o apoio da GNR, uma vez que decorreu em bairros perigosos. Ouvido esta quarta-feira em tribunal ficou em prisão preventiva.

Segundo apurou o CM, no caso do sequestro o grupo de assaltantes fez um primeiro contacto com a vítima, dizendo querer comprar amêijoa. Marcaram encontro no Lavradio, onde a vítima tem um pequeno armazém.

Acabaram por, com ameaça de duas armas (uma delas shotgun), colocar o mariscador numa viatura. Espancaram o homem até ao Porto Alto, a 50 km. Foi largado numa estrada de terra batida após ter entregue quatro mil euros.

Os milhares de mariscadores do Tejo têm estado sob a mira de máfias como estas que assaltam, controlam o terreno (contratando romenos e nepaleses para o trabalho duro) e falsificam faturas e guias de transporte.

Usam carros de aluguer nos crimes.

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