Beatriz conta o registos da autópsia de Liliane. Dulce explicou o sequestro da irmã, Lídia.
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Pedro Dias, suspeito de ter cometido três homicídios em Aguiar da Beira e acusado de múltiplos outros crimes, continua esta terça-feira a ser julgado no Tribunal da Guarda.
Já foi ouvida Dulce da Conceição, irmã de Lídia da Conceição, umas das vítimas sequestradas em Moldes, e outra irmã também irá dar o testemunho. Também foi ouvida a médica legista que autopsiou as vítimas.
Nas sessões anteriores já foram ouvidas as vítimas de Pedro Dias, os familiares das vítimas, militares da GNR, o PJ que está a investigar o caso e os bombeiros que socorreram as vítimas.
No inicio da sessão desta terça-feira, a defesa de Pedro Dias tentou que o depoimento da irmã de Lídia da Conceição não fosse valorado por se tratar de um testemunho indireto. O Ministério Publico alega que o testemunho deve ser valorado uma vez que Dulce esteve com a irmã até esta ter um AVC e ouviu todos os pormenores do seu sequestro por Pedro Dias.
O tribunal deixa Dulce testemunhar mas decidirá depois se o valorara e que partes serão valoradas.
"A minha irmã telefonou-me logo que teve hipóteses. Disse-me: «aquele homem de Arouca que anda a ser perseguido pela polícia estava em casa da mãezinha. Eu estou muito ferida e vou para o Centro de Saúde de Arouca». Quando cheguei ao Centro de Saúde vi a minha irmã com a cara praticamente desfeita", conta Dulce.
"Esta pistola já matou quatro pessoas e tu podes ser a próxima", acrescenta a testemunha relatando o que disse Pedro Dias à irmã.
Dulce conta que Lídia passou a sentir muito medo de andar na rua e de ir trabalhar. "Acordava a olhar para as mãos e via os ferimentos que lhe provocaram. Praticamente não dormia e sentia sempre muitas dores. Tentava evitar a imprensa mas também algumas pessoas curiosas", disse a mulher.
"Os médicos dizem-nos que a Lídia vai ficar sempre com sequelas, mas ainda não sabem quais", explica Dulce.
O tribunal também ouviu Fátima da Conceição, outra irmã de Lídia, que deu um testemunho muito idêntico ao da irmã Dulce.
Segundo o que o CM apurou, Ana Catarina Ribeiro, vizinha do GNR abatido, Carlos Caetano, e da companheira Caterine, diz que a amiga ficou bastante abalada com a morte do companheiro e que continua a ser medicada e a receber acompanhamento psiquiátrico.
Julgamento marcado por por episódio caricato
O juiz que preside ao coletivo avisou, ao princípio da tarde desta terça-feira, que há uma possibilidade de as sessões marcadas para quarta e quinta-feira sejam adiadas.
Beatriz Silva autopsiou vítimas de Pedro Dias
"Liliane foi atingida com dois tiros: um na cabeça, que lhe acertou de raspão, e outro que lhe atravessou os tecidos moles da região cervical, que atravessou de um lado ao outro", descreveu a médica legista.
Beatriz confirma que Luis Pinto foi baleado junto ao carro, na berma da estrada. "Estava de pé e o disparo foi feito a 30 ou 40 centímetros", afirmou a médica. Já Liliane foi baleada duas vezes, junto ao corpo do marido no meio do monte. "O segundo disparo foi feito com ela já inconsciente", explica Beatriz.
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