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Vila Facaia fora da reconstrução das casas destruídas pelas chamas

Faz hoje três meses que deflagrou o incêndio de Pedrógão Grande.

17 de setembro de 2017 às 01:30

Faz hoje três meses que deflagrou o incêndio de Pedrógão Grande, que causou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e a reconstrução das casas destruídas pelas chamas está a avançar "lentamente e muito pouca coisa foi feita", disse ontem ao CM, José Henriques, presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia, onde hoje há uma missa em homenagem às vítimas e um arraial solidário.

O autarca lamenta que a junta de freguesia não tenha sido chamada a participar no levantamento dos prejuízos nem no plano de reconstrução. "As juntas de freguesia não têm informação de nada, não sei quantas casas arderam nem quais vão ser reconstruídas, estamos mais perto dos cidadãos e não sabemos como responder às suas perguntas. Estamos a leste de tudo", lamentou o autarca, garantindo que "há uma única casa a ser reconstruída, mas por iniciativa de uma empresa privada".

Por toda a freguesia, é notória a destruição causada pelo incêndio, que matou 14 habitantes e queimou casas, viaturas, animais e culturas.

"É muito triste, foi gente muito boa que se foi embora e há muita gente que ainda está a sofrer", disse ontem ao CM Augusto Neves, organizador do arraial solidário, recordando que "o fogo andou por onde quis e este povo não merecia".

Três meses após a tragédia, é tempo para renascer das cinzas e das populações darem uma nova oportunidade à vida. Hoje, às 10h00, as vítimas serão lembradas na missa, a que se seguirá um dia de arraial. 

Arraial feito de ofertas e com receitas a reverterem a favor das vítimas do fogo

O arraial solidário começa às 11h30, junto ao mercado, que recebeu obras de reabilitação no valor de 70 mil euros. São muitos os artistas em cartaz que ofereceram a atuação, num espetáculo apresentado por José Figueiras e Cândido Mota.

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Aldeia de Pedrógão organiza evento solidário três meses depois da tragédia

Haverá dois porcos no espeto e um em febras, chouriço, sopa, vinho e outras bebidas.

Tudo ofertas recolhidas por Augusto Neves, que começou a organizar a festa ainda o incêndio estava ativo. O objetivo é angariar verbas - que revertem para a conta solidária da Junta de Freguesia de Vila Facaia -, e ajudar as vítimas do incêndio.

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