Neuroestimulação ajuda doentes com dor crónica

Estímulos elétricos conseguem camuflar a dor no doente.

18 de outubro de 2015 às 17:33
18-10-2015_04_54_42 22-23 neuroestimulação.jpg Foto: Eduardo Martins
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A dor crónica é uma doença que, atualmente, atinge cerca de 30% da população portuguesa. Normalmente é precedida de outros problemas, tais como doenças degenerativas ou até complicações no pós-operatório – provocando um mal-estar prolongado no tempo e dificuldade em manter uma vida produtiva e independente. Pode surgir em qualquer parte do corpo e há pacientes de todas as idades, normalmente residentes em cidades mais desenvolvidas.

O tratamento com a implantação de um neuroestimulador não é recente mas é um dos mais eficazes, e é utilizado quando todas as outras terapias se mostram insuficientes – este é um dos critérios de escolha dos pacientes. Trata-se de um pequeno aparelho, colocado perto da espinal medula e que, através de fios elétricos, envia sinais que permitem ‘camuflar’ a dor, provocando um pequeno formigueiro. O paciente tem um comando e consegue regular a intensidade dos estímulos.

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"São raros os casos em que a doença desaparece por completo, mas os sintomas diminuem significativamente", explica ao CM José Romão, coordenador da Unidade de Dor do Hospital de Santo António (Porto). Esta é uma das unidades nacionais onde, recentemente, a neuroestimulação começou a ser utilizada.

"É uma terapia que não é nova, mas é dispendiosa e os pacientes têm de ser avaliados antes de se submeterem à cirurgia. Só se opta pela neuroestimulação quando todas as outras técnicas se mostram ineficazes", diz o especialista, adiantando que se trata de uma doença que tende a ser desvalorizada. Nesta que é a Semana de Luta Contra a Dor Crónica, uma mulher, de 49 anos, recebeu o implante no Hospital de Santo António.

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