Termómetros registaram temperaturas superiores a 40 graus em quase todo o país.
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Apesar dos avisos da Direção Geral da Saúde e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) sobre as altas temperaturas, milhares de portugueses, de norte a sul do País, foram esta quinta-feira à praia nas horas de maior perigo, ignorando assim todos os alertas das entidades.
Na praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, a maior afluência de pessoas registou-se entre as 13h00 e as 16h00 - período crítico no que diz respeito à exposição solar. "Utilizo sempre protetor solar, embora seja proteção baixa, de fator 6 ou 8", disse ao CM a banhista Telma Gonçalves, de 24 anos. No entanto, os especialistas defendem que para o protetor solar conseguir proteger a pele com eficácia deve ter, no mínimo, fator 30, e ser colocado várias vezes ao dia. A maioria dos banhistas refugiou-se dentro de água, durante a hora de almoço.
Alvega, no concelho de Abrantes, foi a localidade mais quente até às 17h00: 45,2ºC. Segundo o IPMA, oito locais do continente bateram recordes de temperatura: Castelo Branco (42,2), Odemira (41,9), Nelas (41,3), Anadia (43,8), Coruche (44,9), Setúbal (42,6), Alvalade (43,8) e Zambujeira (41,1).
Calor tórrido pelo menos até domingo
Devido à vaga de calor é expectável que as urgências hospitalares tenham uma maior procura. "Na região de Lisboa ainda não temos informação de existir uma maior afluência até porque os efeitos do calor não são imediatos" esclareceu ao CM Nuno Lopes, delegado de Saúde Regional Adjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Já o hospital Amadora-Sintra registou um pico de procura. "Até às 19h00 [de ontem] tivemos 370 casos de urgência e alguns internamentos, sobretudo de idosos, com sintomas ligados à desidratação", revelou ao CM fonte da unidade. No resto do País, não se registou um aumento de afluência às urgências.
A vaga de calor deverá prolongar-se pelo menos até domingo. Os principais grupos de risco são idosos e crianças.
Ferido a combater fogo
O primeiro dia de calor intenso do ano coincidiu ontem com os maiores incêndios florestais registados desde o início de janeiro. A situação mais grave ocorreu no concelho de Castelo Branco, onde um bombeiro ficou ferido quando combatia um incêndio em Palvarinho. A vítima, que pertence à corporação de Castelo Branco, ficou ferida após ter sido atingida por uma pedra que foi projetada na sequência de uma descarga de um avião. Sofreu ferimentos ligeiros e foi transportado para o hospital de Castelo Branco.
Este incêndio foi combatido por 123 operacionais. Atingiu uma zona de mato e de floresta, não tendo colocado em perigo as localidades. A cerca de cinco quilómetros deste incêndio, que deflagrou ao início da tarde, um outro fogo na zona de Caféde mobilizou mais 60 operacionais e consumiu também uma área de mato e floresta. A combater os dois incêndios estiveram nove meios aéreos.
Na serra de Monchique, chamas deflagraram, pelas 16h45, numa zona de eucaliptal, de difícil acesso. Foram extintas, pelas 18h00, com o empenho de 113 operacionais, 45 veículos e 6 meios aéreos.
SMS de alerta com o número errado
Os primeiros SMS de alertas da Proteção Civil enviados ontem para as pessoas dos distritos de Beja e Faro, tinham um número da empresa Glassdrive. No total, 1,35 milhões receberam sms.
DISCURSO DIRETO
Rui Nogueira: Presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar
"A pele sofre com o sol"
CM - Como é que população se deve proteger dos efeitos do calor?
Rui Nogueira - Os idosos, crianças e doentes crónicos são os que estão em maior risco. Devem evitar andar na rua nas horas de maior calor e proteger as casas, fechando as janelas. Ter atenção à alimentação e à hidratação, sobretudo os idosos que, mesmo com calor, não têm sede .
CM - Muitas pessoas ignoram os avisos. Porquê?
Rui Nogueira - As pessoas não se aperceberam dos efeitos. O excesso de calor é um fenómeno extremo. O cancro da pele é uma realidade e o mais frequente. O envelhecimento da pele é outro. A pele sofre com o efeito do sol. Os solários, por exemplo, não são proibidos e há pessoas que têm coragem de usar.
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