Associação revelou que foram encontrados "cerca de 200 peixes mortos, sobretudo carpas e pimpões".
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) admitiu que as altas temperaturas e o baixo nível de armazenamento da Barragem do Roxo, no concelho de Aljustrel, distrito de Beja, poderão ter causado a morte de peixes nesta albufeira.
Em informações enviadas à agência Lusa, por correio eletrónico, a APA e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo indicaram que foram alertadas para a "existência de alguns peixes mortos" nas margens desta albufeira, no distrito de Beja, por particulares, GNR, associação de regantes e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
"Esta situação deve-se, provavelmente, às altas temperaturas ocorridas nesta época do ano e ao baixo nível de armazenamento da albufeira após a campanha de rega", já que a barragem encontra-se a "cerca de 35% da capacidade", lê-se.
Na sexta-feira, o presidente da Associação de Beneficiários do Roxo (ABR), António Parreira, revelou à Lusa que tinham sido encontrados na barragem "cerca de 200 peixes mortos, sobretudo carpas e pimpões", e que, no dia anterior, a entidade tinha começado os trabalhos de recolha.
Contactado também esta segunda-feira pela Lusa, António Parreira indicou que a operação de recolha dos peixes mortos "já terminou e não se registou mais nenhuma anomalia".
A mortandade piscícola, também denunciada por particulares, foi comunicada às autoridades competentes, para investigação das eventuais causas.
Segundo os esclarecimentos da APA, a situação foi acompanhada pelo organismo e envolveu a realização de "várias visitas à envolvente da albufeira, não tendo sido verificados focos antrópicos de poluição".
O ICNF, igualmente em informações enviadas à Lusa por correio eletrónico, disse estar também a acompanhar e monitorizar o caso, em conjunto com as demais entidades envolvidas no processo.
"Não há identificação de substâncias tóxicas que estejam a causar a morte dos peixes. A baixa profundidade da água, associada às temperaturas altas que se têm verificado, poderá resultar numa redução dos níveis de oxigénio e, consequentemente, na morte dos peixes", admitiu, tal como a APA.
Já o Comando Territorial de Beja da GNR disse à Lusa que o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) desenvolveu "todas as diligências policiais admissíveis e necessárias".
"Foi contactada a ARH para a realização de análises à água, bem como para a recolha de amostras dos peixes mortos. Com base nos resultados preliminares, não foram identificados quaisquer indícios de contaminação na água, sendo a causa mais provável para a morte destes peixes a asfixia, decorrente das cotas da barragem se encontrarem baixas", corroborou.
Os peixes mortos foram encontrados "em dois locais, num regolfo junto à Mina da Juliana [no concelho de Beja] e junto ao paredão da barragem [no concelho de Aljustrel], onde a albufeira até tem maior profundidade", indicou o presidente da ABR, na sexta-feira.
António Parreira disse ainda que a albufeira tem atualmente "35 milhões de metros cúbicos de água, correspondendo à volta de 35% do volume de armazenamento", o que "é bom" porque a associação "costuma acabar as campanhas de rega com cerca de 12 milhões de metros cúbicos" na barragem.
"Isto quer dizer que, mesmo que não chova nos próximos meses, temos água para mais um ano de rega, o que não é normal garantir no Roxo", acrescentou.
Inaugurada em 1967, a barragem garante o abastecimento público aos concelhos de Beja e Aljustrel, além de fornecer água para um perímetro de rega agrícola que abrange mais de 8.500 hectares.
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