A adesão verificada esta terça e na segunda-feira "implicou a supressão, em média, de 7% do serviço público de passageiros".
O segundo dia de greve parcial dos trabalhadores da Carris, que opera em Lisboa, registou até às 11h00 desta terça-feira uma adesão de 4,4%, um número semelhante ao do primeiro dia, disse à Lusa fonte da empresa.
Segundo a mesma fonte, a adesão verificada esta terça e na segunda-feira "implicou a supressão, em média, de 7% do serviço público de passageiros".
"A Carris irá continuar a monitorizar os dados desta greve convocada por duas associações sindicais representantes dos trabalhadores e fará todos os esforços com vista a minorar os inconvenientes desta perturbação parcial do serviço, que decorre até dia 06 de junho, lamentando eventuais incómodos causados aos Clientes", indica a empresa.
Por seu turno, Manuel Leal, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), estrutura que convocou a paralisação, desmentiu os números avançados pela empresa, mas escusou-se a quantificar uma percentagem.
"Não temos essa perceção. Não estamos a contabilizar a adesão dos postos fixos e os horários das saídas. Há muitos trabalhadores a utilizar as horas de saída", argumentou.
Manuel Leal sublinhou que o objetivo desta greve é "deixar um sério aviso ao Conselho de Administração" e alertou para a possibilidade de se "endurecer a luta", caso as reivindicações não sejam ouvidas.
Sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa (que opera o serviço público rodoviário da cidade de Lisboa e também elétricos e ascensores de rua) convocaram uma paralisação de duas horas no início e no fim de cada turno entre 02 e 06 de junho e de 24 horas em 12 de junho, tendo sido decretados serviços mínimos por um tribunal arbitral.
Além de serem obrigatórios serviços como o transporte exclusivo de deficientes ou os postos médicos da empresa, têm de funcionar "em 50% do seu regime normal" as carreiras 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.
Em 13 de maio, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) explicou que o acordo sobre as atualizações salariais não implicaria o encerramento do processo negocial e que, juntamente com a empresa, iria constituir "grupos de trabalho com vista, nomeadamente, à redução do horário de trabalho de forma faseada para as 35 horas semanais".
Segundo o sindicato, já se tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, "facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois", tendo-se realizado em 30 de abril a primeira reunião do grupo de trabalho criado para a redução da prestação de trabalho efetivo para as 35 horas semanais.
Em declarações à Lusa na sexta-feira, o presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, realçou que tem tido "um bom diálogo com as organizações sindicais", mas assumiu como evidência que "os sindicatos querem sempre mais".
"Este ano tivemos esta dificuldade, estamos a ter esta dificuldade que é estarmos num ciclo de forte aumento salarial e, ao mesmo tempo, há uma reivindicação de diminuição do horário de trabalho das 40 para as 35 horas", disse.
De acordo com Pedro Bogas, a diminuição das 40 para as 35 horas, que o responsável diz ser uma ambição legítima, é "extremamente difícil e põe em causa a sustentabilidade da empresa".
A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP), o Sitra - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC - Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.
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