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Conheça o medicamento que matou Prince

Fentanil está à venda em Portugal. Variante ilícita é traficada.

03 de junho de 2016 às 12:33

Criado para curar casos extremos de dor, o fentanil (fentanyl em inglês) é um medicamento opiáceo pelo menos 100 vezes mais forte do que a morfina e com efeitos muito superiores à heroína, droga da mesma família, há muito ilegalizada.

 

Terá sido uma overdose deste medicamento que matou Prince, revela agora a imprensa americana. O artista terá usado um medicamento legal em doses excessivas, mas existem variações produzidas em laboratórios clandestinos que são traficadas como droga.

 

Prince morreu de overdose

Um relatório recente da União Europeia dá conta de uma vaga de consumo deste opiáceo nos países do norte, sobretudo na Estónia, onde explodiu o número de casos fatais por overdose da droga conhecida popularmente como ‘China Branca’ ou ‘Pó Branco’. Tem sido reportado o rápido avanço do fentanil como substituto da heroína no negócio do tráfico de drogas.

 

Portugal também é referido no documento, que noticia o desmantelamento de um laboratório ilegal em 2003. Tal como os outros opiáceos, o fentanil tem o problema de ser altamente aditivo. Os consumidores ficam rapidamente dependentes da droga e é muito difícil largarem o vício.

 

Presente em 98 medicamentos em Portugal

Em Portugal, o fentanil é o princípio ativo de 98 medicamentos listados pelo Infarmed. Aparece em várias apresentações, desde comprimidos, bisnagas de gel, spray nasal ou adesivos. O seu uso aparece sempre associado ao tratamento da dor, em casos muito graves.

 

Um destes medicamentos explica na bula que deve ser usado no tratamento de "dor crónica grave, por exemplo a dor oncológica, que apenas pode ser tratada adequadamente com analgésicos opióides". Na parte das advertências explica-se que "como resultado da administração repetida de opióides, pode desenvolver-se tolerância e dependência física e/ou psíquica (…) Como com outros opióides, o risco de desenvolver dependência aumenta  consideravelmente nos doentes com dependência de drogas ou álcool ou em doentes com  história de alcoolismo. (…) Estes doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.

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