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Curar Alzheimer com recuperação de neurónios

Estima-se que perto de 90 mil portugueses sofram da doença.

20 de fevereiro de 2016 às 10:45

Conhece sintomas de Alzheimer?

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Conhece sintomas de Alzheimer?

António tinha convidados em casa, quando o pai, 73 anos, entrou na sala e começou a urinar. Estava confuso e reagiu com agressividade quando o filho o abordou. Não sabia quem ele era. Este é um caso real, de entre as cerca de 90 mil pessoas que sofrem de Alzheimer em Portugal. Mas é também um cenário que pode estar perto do fim.

A comunidade científica mundial está esperançada em que a cura para o Alzheimer possa estar num novo medicamento. Trata-se do LM11A-31, ou C31, uma substância que já curou a doença em ratos. Mais do que tratar sintomas, o C31 visa recuperar os neurónios destruídos. "A atuação do C31 interrompe o processo de degradação dos neurónios. Nesse aspeto, reflete uma nova abordagem", explica ao CM o neurologista Bruno Rodrigues, travando, porém, o otimismo: "É possível que, parcialmente, aconteça alguma recuperação. Resta saber se esse efeito se confirma nos humanos e se isso permite recuperar a memória."

O ceticismo prende-se com o facto de os testes em humanos ainda estarem numa fase inicial. "Já aconteceu o mesmo com outros medicamentos, não se confirmando a cura. Também os efeitos secundários podem comprometer uma aprovação", alerta, explicando que o processo de aprovação é moroso.

Os efeitos da C31 são uma descoberta do neurologista norte- -americano Frank Longo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford. A substância está a ser atualmente testada em 72 pessoas.

Exercício físico beneficia a capacidade cerebral

O exercício físico tem inúmeros benefícios conhecidos para a saúde. Cada vez mais especialistas defendem que a atividade física regular tem, também, efeitos positivos no cérebro.

Estudos demonstram que pessoas fisicamente ativas são menos propensas a sofrer um declínio na sua função mental e têm um menor risco de desenvolver a doença de Alzheimer.

Os especialistas defendem que praticar exercício várias vezes por semana, durante 30 a 60 minutos, melhora a memória, o raciocínio e a habilidade de pensamento (função cognitiva) e atrasa o surgimento da doença de Alzheimer nas pessoas em risco de desenvolver a doença.

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