Bigodes são o superpoder silencioso do gato e merecem muito carinho e cuidado.
Se há coisa que dá charme a um gato são aqueles fios longos e teimosos à volta do focinho. Mas os bigodes, tecnicamente chamados de 'vibrissas', não estão ali só para dar um ar ainda mais fofo ao seu patudo. São ferramentas sensoriais de alta precisão, tão importantes como os olhos e as orelhas, que ajudam a navegar, a comunicar, a caçar e a proteger os olhos.
Os bigodes ou vibrissas são pelos especiais, mais grossos e rígidos, ligados a folículos muito profundos e ricos em terminações nervosas. Cada vibrissa está embebida num “sinus” cheio de sangue que amplifica as vibrações e o resultado é um mini-radar felino. Mas atenção, não estão só no focinho! Há vibrissas acima dos olhos (as “sobrancelhas” que evitam que as poeiras entrem), no queixo e até nos pulsos, essenciais para caçar e pousar com precisão.
Os bigodes captam também alterações minúsculas no ar. Quando o gato caminha no escuro, o ar “bate” em móveis, paredes e cantos. Os bigodes sentem essas correntes e o cérebro constrói um mapa 3D da sala. Por isso é que muitos gatos se movem sem tropeçar, mesmo na escuridão total.
A largura do leque de bigodes é, praticamente, da largura do corpo do gato. Ao aproximar-se de uma abertura, o felino posiciona os bigodes. Se tocarem nas bordas e “disserem” que fica apertado, o gato reconsidera.
Por isso é muito importante não cortar os bigodes, pois isso desorienta o gato e ele pode bater em obstáculos, falhar saltos e ficar ansioso. Também não puxe, nem tente “aparar”. Se encontrar um bigode no chão, é normal, já que caem e voltam a crescer ciclicamente.
No final do dia, os bigodes são o superpoder silencioso do gato e merecem muito carinho e cuidado.
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