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Veículos do metrobus do Porto já receberam homologação do IMT

Estão reunidos "os requisitos técnicos para que possam transportar passageiros em operação comercial".

19 de novembro de 2025 às 19:45

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já homologou os veículos destinados à operação do metrobus do Porto, estando "reunidos os requisitos técnicos para que possam transportar passageiros em operação comercial", anunciou esta quarta-feira a Metro do Porto.

A Metro do Porto garante ainda que já estabeleceu "um acordo" com a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) quanto ao memorando de entendimento sobre o qual a circulação do metrobus está dependente e que é quadripartido entre o Estado, a Câmara do Porto, a Metro do Porto e a STCP, que ainda não foi assinado.

"Paralelamente, decorrem ensaios dinâmicos dos veículos do metrobus, permitindo simular cenários reais de operação regular do sistema", acrescentou a empresa de transportes, que lembra que estes testes estão a cargo da CaetanoBus, que lidera o consórcio nacional fornecedor dos veículos e das instalações de abastecimento de hidrogénio verde.

A 2 de outubro, fonte oficial do IMT disse à Lusa ainda não ter recebido qualquer pedido de homologação ou atribuição de matrículas para os veículos do metrobus do Porto, que já tinham recebido a necessária homologação europeia e que precisavam ainda de concluir o processo em Portugal.

Em 6 de junho, o metrobus do Porto fez durante a noite os primeiros ensaios, constatou a Lusa no local, e, informou a Metro do Porto, mais de nove meses após a empresa anunciar o fim das obras principais do projeto.

Em agosto de 2024 ainda se discutia a possibilidade de atuais autocarros da STCP, que irá operar o serviço, utilizarem provisoriamente o canal até à chegada dos veículos do metrobus, mas a opção foi abandonada face a testes insatisfatórios.

A não utilização do canal pelos autocarros levou ao seu aproveitamento como ciclovia, tendo já movimentos e associações do setor instado as entidades competentes a repensar o projeto "como um todo", já que se mantiveram duas vias para automóveis e nenhuma para meios de mobilidade suave, apesar da sua utilização.

Em agosto de 2023, fonte oficial da Câmara Municipal do Porto esclareceu que foi uma "opção política" eliminar as vias de mobilidade suave: "Foi privilegiado o transporte público numa decisão política por causa de problemas de falta de espaço", referiu.

O atraso na chegada dos veículos remonta à anulação do primeiro concurso público para aquisição dos autocarros e do sistema de produção de hidrogénio 'verde', que foi lançado em dezembro de 2022 e anulado, sendo repetido em julho de 2023, oito meses depois.

A Metro do Porto foi sucessivamente anunciando que estava a tentar receber os veículos até ao final de 2024, em janeiro ou fevereiro de 2025, mês em que validou a informação adiantada pela CaetanoBus de que os veículos começariam a circular "no início de maio".

Em agosto de 2024, a Câmara do Porto considerou "lamentável e inaceitável" a ausência de esclarecimentos e acusou a Metro de falta de transparência, coordenação e articulação, pedindo "respeito institucional", um tom crítico que marcou o processo nos últimos meses.

Aguarda-se ainda a assinatura do memorando de entendimento.

O projeto envolve também obras na estação de recolha da STCP na Areosa, que receberá a estação de produção de hidrogénio, prevendo o contrato que "até a fábrica de hidrogénio entrar em produção o consórcio fornecedor assegurará um posto de abastecimento móvel" de hidrogénio.

O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente.

O conjunto dos veículos e do sistema de produção de energia custaram 29,5 milhões de euros. Já a empreitada do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.

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