Ljubomir Stanisic faz confissão em entrevista.
Ljubomir Stanisic, 40 anos, assume finalmente as verdadeiras razões de ter ido à falência em 2008 com o primeiro restaurante ‘100 Maneiras’, em Cascais, que abriu em sociedade com o chef José Avillez, e de quem se desligou meses antes da hecatombe financeira: as drogas, a sua total negligência e o "roubo" dos funcionários estiveram na origem do segundo período mais negro da vida do furacão de Sarajevo, a cidade onde foi jovem soldado na fratricida Guerra dos Balcãs.
"Ir à falência é f*did*, custou-me muito. A vida não é fácil. Eu fui meio milhão de euros à falência", atira para cima da mesa, durante uma entrevista exclusiva, a um grupo de cinco alunos do curso de escrita e cultura gastronómica ‘Papas na Língua’, publicada no blogue do jornalista Ricardo Dias Felner, o mentor de ‘O homem que comia tudo’.
As razões da falência? Ljubo assume--as, pela primeira vez: "o problema real que me aconteceu foi ter pegado nas minhas coisas e ter ido para a China. Apaixonei-me pela cultura gastronómica chinesa e fiquei a viver em Xangai. Larguei o meu restaurante aqui em Portugal e os empregados e as pessoas que trabalhavam comigo roubaram-me tudo", conta, carregando o fardo dos erros cometidos no passado que quase lhe foram fatais: "O culpado de tudo fui eu, quem tinha de sair desta m*rd* era eu".
Literalmente sem papas na língua, o cozinheiro jugoslavo que faz estremecer os donos dos restaurantes no programa ‘Pesadelo na Cozinha’, na TVI, reage com desdém às críticas mais frequentes do público e de alguma imprensa. "Já fui chamado publicamente nos jornais de drogado, um gajo com traumas de guerra, que é p*tanheir*. Nem me aquece nem me arrefece. Passa-me ao lado."
Questionado sobre como renasceu, Ljubomir conta uma história que nunca tinha revelado. "Fui a uma psicanalista. Não tinha dinheiro, só um cartão de saúde privada. Entreguei o cartão para ir à consulta e não pagava. Estava a trafulhar para ter a consulta. Achava que tinha uns problemas mentais para resolver", explica, revelando como solucionou o seu alegado "problema mental". "Quando fui à psicanalista, na primeira de três consultas, disse-lhe: ‘Drogas, eu compro sozinho, ok? Tenho um ‘dealer’ que me dá ótimas drogas, por isso não quero das tuas. Quero que me aconselhes’. Na terceira consulta, ela disse-me que ia receitar só duas coisas, uma de manhã e outra à noite. Levantei-me e cuspi-lhe na cara. Diretamente. Sem medos nenhuns. Tinha-lhe pedido para não me dar drogas. Aquilo fez-me muita confusão: falhou uma regra que eu tinha implementado, numa altura em que estava mal".
O polémico chef constata que a violação da regra por parte da médica foi a sua salvação. "Percebi que ninguém me podia ajudar. Agradeço-lhe: o erro dela fez-me sair e pôs-me à frente de tudo."
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