Ator de 61 anos morreu no sábado, vítima de complicações da doença rara que sofria há quatro anos.
O funeral do ator António Cordeiro, que morreu no sábado, aos 61 anos, realiza-se a 08 de fevereiro, disse à agência Lusa fonte próxima da família.
O corpo do ator, que sofria de paralisia supranuclear progressiva, uma doença rara, degenerativa, estará na Capela de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, a partir das 11:15 de dia 08.
O funeral sairá da capela para o complexo funerário da Quinta do Conde, em Sesimbra, onde o corpo do ator será cremado às 15:45, acrescentou a mesma fonte.
Devido à pandemia de covid-19, a última homenagem ao ator está reservada a familiares e amigos, num máximo de 10 pessoas.
Revelado num papel secundário na série "Duarte & C.ª", em 1987, foi no entanto como protagonista da série policial "Claxon", da RTP, estreada em 1991, que António Cordeiro se tornou conhecido do grande público.
O ator trabalhou também no teatro e no cinema, nomeadamente nos filmes de João Mário Grilo "O Processo do Rei" (1990), "Os Olhos da Ásia" (1996) e "Duas Mulheres" (2009).
Mais recentemente, fez "Índice Médio de Felicidade"(2017), de Joaquim Leitão, e "Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai" (2019), de Paco R. Baños, depois de ter entrado em "Milagre de Lourdes" (2011), de Jean Sagols, e nas curta-metragens "Livre de Receitas" (2011), de Marco Carvalho e Bárbara Villadelprat, "Uma Questão de Gostos" (2011), de André Santos Luís e Miguel Lopes Rodrigues, e "Quando o Sol Toca na Lua" (2001), de Pedro Palma.
Formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, o seu trabalho no teatro foi regular desde os anos de 1980, com companhias como a Cassefaz e a Persona - Teatro de Comédia, grupo de que foi fundador e com quem fez "O circo dos desenganos", sobre textos de Miguel Rovisco, e "Auto da Índia e d'outras andanças", a partir de Gil Vicente.
Na década de 1990, o seu trabalho nos palcos passou sobretudo por companhias de Lisboa, como a Escola de Mulheres e o Teatro Aberto, com quem interpretou autores como Henrik Ibsen, Bertolt Brecht e Botho Strauss.
Desse período destacam-se os desempenhos em "Danças a um deus pagão", de Brian Friel, e "Sétimo céu", de Caryl Churchill, como ator convidado da Escola de Mulheres - Oficina de Teatro.
A colaboração com o Novo Grupo - Teatro Aberto estende-se pelos anos 2000, em peças como "Top dogs", de Urs Widmer, "Lucefécit", de Conor McPherson, "A última batalha", de Fernando Augusto, "A Visita", de Eric-Emmanuel Schmitt, "Peer Gynt", de Ibsen, "Demónios menores", de Bruce Graham, "O bobo e a sua mulher esta noite na Pancomédia", de Botho Strauss, e "Homem branco, homem negro", de Jaime Rocha.
No Teatro Aberto interpretou ainda duas peças de Brecht: "Galileu" e "A ópera de 3 vinténs", com a música de Hanns Eisler e Kurt Weill.
A antiga Companhia Teatral do Chiado contou com António Cordeiro para "Hedda Gabler", de Ibsen.
No Teatro Nacional D. Maria II, fez "Cenas de uma tarde de Verão", de Jorge Guimarães, com encenação de Antonio Rama, e "Harper Regan", de Simon Stephens, com Ana Nave.
Em 2004, entrou em "Portugal - uma comédia musical", de Nuno Artur Silva e Nuno Costa Santos, com encenação de António Feio, que esteve em cena, no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Como encenador, António Cordeiro dirigiu "Perdi a mão em Spokane", de Martin McDonagh, que pôs em cena no Teatro Villaret, em 2012.
Foi, porém, a televisão que o aproximou do grande público. Na RTP, entrou em séries de ficção, comédias e telenovelas como "Desencontros" (1994), "Filhos do Vento" (1996), "Major Alvega" (1998) e "O Processo dos Távoras" (2001), "A Minha Sogra é uma Bruxa", "Segredo" (2004), "Memórias de Bocage" (2006), "Triângulo Jota" (2006), "Liberdade 21" (2008/2009), "Cidade Despida" (2010), "Depois do Adeus" (2013).
"Morangos com Açúcar" (2006), "Inspetor Max" (2005), "Ilha dos Amores" (2007), "Bons Vizinhos" (2001) são algumas das produções da TVI em que entrou.
Na SIC, fez as telenovelas "Perfeito Coração" (2009), "Laços de Sangue" (2010), "Coração d'Ouro" (2016), "Mar Salgado" (2014/15) e "Espelho d'Água", (2017/18), que estão entre os seus últimos trabalhos.
Entrou ainda, como convidado, em produções televisivas como "Bem-vindos a Beirais", "Mulheres de Abril", "Mata Hari", "Pai à Força". Fez também parte dos elencos dos telefilmes "Jogos Cruéis" e O Segredo de Miguel Zuzarte".
O ator foi diagnosticado, em 2017, com paralisia supranuclear progressiva, o que o obrigou a afastar-se da atividade.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.