Odília Pereirinha, mãe de Renato, o autor confesso da morte de Carlos Castro, está desesperada. Quer ver o filho ou, pelo menos, chegar à fala com ele
Odília Pereirinha, mãe de Renato, o autor confesso da morte de Carlos Castro, está desesperada. Quer ver o seu filho ou, pelo menos, chegar à fala com ele, mas não consegue. Renato está sob custódia da polícia, o que tem impedido de ser visitado pela mãe.
"Um paciente psiquiátrico que está sob custódia da polícia nãopodeservisitado por familiares até ser presente a tribunal", informou fonte hospitalar. Mas a advogada da família, PaulaFernandes, não dá a ‘guerra' por perdida. Diz que tudo está a ser feito para que Odília veja o filho e admite mesmo que o encontro poderá ocorrer muito em breve. "É possível que hoje à noite [madrugada em Lisboa] ainda o consiga", disse, esperançosa ao CM. A única visita que Renato recebeu até agora foi do advogado que prepara a sua defesa nos EUA. "Ele já falou com um colega, mas é prematuro adiantar qualquer pormenor", disse Paula Fernandes.
Entretanto, ficou ontem a saber-se que CarlosCastro foi morto na noite em que se preparava para regressara Portugal. "Ele antecipouviagem. Estava para voltar dia 15, mas antecipou para dia 8", revelou ao CMCláudioMontez, amigo de Castro, dando a entender que a relação entre o cronista social e o jovem modelo não corria como previsto
"A partida também foi adiada", acrescentou, referindo que Carlos e Renato estiveram três dias em casa do cronista, em Sete Rios, Lisboa. "E eles não saíram porque o Renato não queria ser exposto." O jovem, natural de Cantanhede, garantiu ainda a Cláudio Montez que esta era a sua primeirarelaçãohomossexual
"O Renato até podia não estar preparado para uma relação deste tipo, mas foi avisadováriasvezes. Foi testado, foi-lhe perguntado pelo Carlos 500 mil vezes", frisa Cláudio.
"APROVEITOU-SE DO CARLOS"
Fernanda e Amélia, irmãs de Carlos Castro, aterraram ontem em Nova Iorque para cumprir o último desejo do cronista: que as suas cinzas sejam espalhadas pelas ruas da Broadway.
Segundo contou ao CMCláudioMontez, amigo de longa data de Carlos Castro e que acompanhou Fernanda e Amélia nesta viagem, "o processo custará cerca de 800 euros". "Conheci um português no aeroporto, que é coveiro em Nova Iorque, que me deu todas as informações necessárias", explicou.
Visivelmente abatida, Amélia Castro foi dura nas palavrasamargas que proferiu à chegada sobre o assassinoconfesso do seu irmão: "O Renato aproveitou-se do Carlos para se lançar na moda. Sempre me pareceu um rapazfrio e introvertido. Não tenho palavras para ele", disse, acrescentando de seguida: "O Carlos era uma pessoa muito feliz em NovaIorque".
À espera dos familiares e do amigo do cronista estava Vanda, ex-mulher de LuísPires, jornalista - a amiga de Carlos Castro que, juntamente com a filha, o esperavam no hall do hotel quando Renato apareceu e lhes disse: "O Carlos não sai mais daqui". É em casa de Vanda que vão ficar uma semana.
Fernanda, Amélia e Cláudio seguiram depois para a polícia. As autoridades querem ouvir o maior número de pessoas possível da parte de Carlos Castro e de Renato para melhor entenderem a relação entre ambos.
RENATO ESTÁ NA ALA PRISIONAL
Renato foi transferido da ala psiquiátrica para a área prisional do Hospital Bellevue, sob a custódia da polícia. O hospital tem uma unidadeespecializada para que prisioneiros possam ser observados pelos médicos. Renato foi directamente transferido dos cuidados médicos regulares para essa unidade, explicou ao CMStevenBohlen, das relações públicas do hospital.
PAI ENFERMEIRO MUITO AFECTADO
Apesar da distância com o filho Renato, JoaquimSeabra ficou "muito afectadopsicologicamente" com a notícia do envolvimento do filho na morte de Castro Castro, referiu ao CM um familiar. O enfermeiro, separado da mãe do modelo, vive em Vila Real de Santo António, no Algarve, e trabalha no Serviço de Urgência Básica. Também está ligado à políticalocal. Viajou ontem para Nova Iorque, com a actual mulher, para apoiar o filho.
O modelo costumava ir passar férias com o pai, no Verão, mas nos últimos anos as visitas começaram a ser poucas. "Depois de se meter no mundo da moda deixou de vir ver o pai", referiu a familiar.
ORDEM PARA NÃO DAR INFORMAÇÕES
A secção consular de Portugal em Nova Iorque "tem instruções superiores para não divulgar qualquer informação" sobre o caso do homicídio de Carlos Castro. "Não podemos dar qualquer informação aos meios de comunicação. Temos ordens superiores para não o fazer", disse fonte do consulado, acrescentando que tais ordens "não provêm da embaixada".
"DEMOS BEIJOS E TROCÁMOS CARÍCIAS"
Renato Seabra e uma aluna de Enfermagem em Coimbra, IsaCosta, "mantinham uma relaçãoamorosa", revelou ontem ao CMJoséMalta, cunhado do manequim. "Eu não a conheço pessoalmente, mas sei que saía frequentemente com ele e com os amigos para irem ao cinema ou à discoteca.
Os amigos garantem que havia uma relaçãoamorosa, nitidamente", adiantou o familiar do autor confesso da morte de Carlos Castro. No entanto, apesar da relação, que assumiu maior intensidade há dois meses, José Malta garante que, "antes do Natal", Renato Seabra passou algum tempo na praia de Mira com outra amiga de Coimbra.
Isa Costa, de 20 anos, desmente um "namorooficial" com o jovem manequim, um ano mais velho, adiantando que eram apenas "amigos especiais", que andavam a sair juntos desde Novembro. "Demos alguns beijos, houve carícias. Ele não era homossexual", diz a estudante, que esteve pela última vez com o manequim, que conheceu pela internet há um ano, a 23 de Dezembro.
APONTAMENTOS
COFRE ABERTO
Filomena Cardinali, amiga de Carlos Castro, garante que não desapareceu nada de casa do cronista, ao contrário do que afirmou Hernâni Carvalho, na SIC. O jornalista disse que o cofre foi aberto e esvaziado.
CONTRATO
Cláudio Montez não acredita que Renato se tenha querido aproveitar de Castro, pois o modelo tinha um contrato de exclusividade por dois anos com a agência de Fátima Lopes e, como tal, não podia trabalhar para outros.
ELOGIOS
Carlos Castro fazia rasgadoselogios a Renato. "Ainda na última gala que houve no São Luiz, em Lisboa, o Carlos disse que finalmente tinha uma pessoa que nãolhepediadinheiro", lembra Cláudio Montez.
NOTAS
TONY CASTRO: CRÍTICA
O ex-procurador de Justiça do Bronx, Nova Iorque, o advogado português Tony Castro, criticou ontem a falta de assistência jurídica prestada a Renato Seabra, acusado de homicídio.
SUICÍDIO: HIPÓTESE DESCARTADA
A polícia norte-americana afasta a hipótese de Renato ter tentado suicidar-se. Fonte policial refere que o modelo foi assistido no hospital com ferimentos na cabeça causados por uma luta.
PORTUGAL: CASTRAÇÃO
Em Portugal não se registou qualquer caso de homicídioassociadoa castração nos últimos 20 anos, revelou Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal.
Vídeo: Renato confessa crime
População de Cantanhede incrédula
Vídeo: Reacção da imprensa à morte de Carlos Castro
Vídeo: Carlos Castro 1945-2011
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