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Presidente da Ucrânia decreta lei marcial no país após ataque russo

Medida de resposta a tiros e apresamento de navios de guerra terá de ser aprovada pelo Parlamento ucraniano.

26 de novembro de 2018 às 13:41

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, assinou esta segunda-feira um decreto em que declara o estado de exceção (lei marcial) em todo o país.

A medida surge na sequência do apresamento pela Rússia, no domingo, de três navios da Armada da Ucrânia no mar Negro.

O estado de exceção estará em vigor durante dois meses até 25 de janeiro de 2019, embora possa ser levantado a qualquer momento, segundo explicou o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia. O decreto terá ainda de ser aprovado pelo Parlamento ucraniano esta tarde.

Com a instauração da lei marcial, são abolidos os direitos civis dos cidadãos e grande parte das decisões da Ucrânia ficam sob alçada da autoridade militar.

Poroshenko, presidente da Ucrânia, diz que declarar um "estado de guerra não significa declarar guerra". 

A agência russa Interfax, revelou que 24 oficiais da marinha ucraniana estão detidos na Rússia após o episódio de domingo.

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A pouca popularidade [do Presidente ucraniano] entre os cidadãos ucranianos aponta para uma derrota de Poroshenko nas próximas eleições.

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"Comportamento desestabilizador é mais uma prova de que a Rússia continua a violar a integridade territorial ucraniana", disse o porta-voz de Theresa May.

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