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Jesus foi ao céu nas asas do anjo Gabriel

Flamengo perdia a dois minutos do fim. Épico Gabigol deu a volta com duplo golpe, aos 89’ e - a ironia - aos 90’+2.

24 de novembro de 2019 às 01:30

Nem nos melhores guiões. O que se passou em Lima ficará para sempre na história do futebol mundial - e há um português que também alcançou a eternidade. À terceira final internacional, Jorge virou a sua carreira do avesso: estava a perder aos 89’ e deu a volta aos 90’+2. Gabriel Barbosa, vulgo Gabigol, foi o herói. Mas Jesus é que é o Senhor.

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Jorge Jesus salta para dentro de campo para celebrar conquista da Taça Libertadores

Era um dia de gala e o técnico português apostou no melhor colete. Assim entrou no palco das decisões. Um beijo na face de Enzo Pérez - foi até ao banco cumprimentar o ex-treinador - e estava tudo pronto, com mais de 80 mil aos saltos no estádio.

Apito inicial e logo se viu ao que vinha o River. Granada nos dentes em cada lance, a pressionar os brasileiros a todo e cada momento. E o Flamengo tremeu. Não soube construir uma oportunidade de golo em toda a primeira parte. Jesus ia olhando, pensativo, quase taciturno, para o campo, talvez antevendo o que viria aos 14’.

Sempre na luta, o River ganhou espaço na direita e Arão e Gerson a hesitarem sobre quem iria à bola no cruzamento - não foi nenhum e aproveitou Santos Borré. Remate para o 1-0 e delírio para os argentinos.

Jesus até parecia gesticular menos do que o habitual. Olhava para o relvado, também para o relógio, talvez à espera de um intervalo que lhe permitisse retificar tudo o que de mau acontecia no relvado. E ele chegou.

E Jesus mudou. De roupa. Deixou o seu colete. Foi buscar o seu blazer da sorte. Porque há coisas que só Ele pode decidir. Aos 57’, parecia que nada ia resultar. Três jogadores falharam o golo feito. Só o técnico luso acertou o pontapé, numa garrafa de água, em desespero. Entrou Diego e o Fla apertou.

Pára tudo. Minuto 89. Bruno Henrique na esquerda, bola em Arrascaeta, passe para Gabi...gol! Boa, prolongamento, pensou o Mundo. Só que isto foi além do térreo. O anjo Gabriel deu o segundo golpe, no minuto maldito para JJ. Aos 92’. Milagre? Talvez. Afinal, é Jesus.

O beijo de Jorge Jesus a Enzo Pérez

Jorge Jesus e Enzo Pérez estiveram a confraternizar antes do apito inicial, tendo o técnico português dado um beijo na cara ao médio argentino, seguido de um forte abraço. Os dois conhecem-se desde os tempos do Benfica, onde partilharam o mesmo balneário entre as épocas 2011/12 e 2013/14.

Técnico português apoiado pela família

Jorge Jesus teve o apoio da família em Lima, nomeadamente da mulher, que assistiu ao jogo, à semelhança de todos os jogadores do plantel do Flamengo.

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