Num jogo de sentido único, Yaremchuk mostrou serviço (assistência e golo) e Benfica ficou a dever a si mesmo uma goleada.
Eventuais problemas que o Benfica pudesse ter neste jogo ficaram resolvidos logo aos oito minutos, quando o guarda-redes do Arouca, Victor Braga, foi expulso, deixando a sua equipa a jogar com dez unidades. Um lance polémico, aberto a múltiplas análises e opiniões, que acabou por marcar de forma indelével toda a partida.
A sequência é esta: um fora de jogo é assinalado pelo fiscal de linha ao ataque do Benfica. Todavia, como a bola chega às mãos do guarda-redes, o árbitro Manuel Mota decide dar a lei da vantagem e não ordena a marcação da falta, apesar de o fazer com um gesto dúbio (levanta o braço para mandar seguir, quando esse é também o gesto da marcação de livre indireto). O guarda-redes, contudo, lança a bola para a frente, como se a estivesse a colocar para a marcação de um livre. Yaremchuk apercebe-se, capta a bola e é então que Victor Braga faz um corte, fora da área, com a mão. Manuel Mota marca falta contra o Arouca e expulsa o guardião. Um lance confuso, mas que se define em poucas palavras: ingenuidade (do guarda-redes do Arouca); falta de bom senso do árbitro (deu a lei da vantagem mas devia ter-se apercebido que o guardião não entendeu a decisão); e polémica (por isso esta explicação vai tão longa e este será assunto para longos debates).
Depois... o jogo. Que ficou com sentido único. Na sequência do lance já detalhado, a bola esbarrou duas vezes na moldura da baliza do Arouca. Não foi golo, mas a partir daí só deu Benfica. A equipa forasteira, com duas linhas de defesa, uma dentro da área e outra dois metros à frente, tentou segurar até onde pôde. Quando se esticou pela primeira vez e chegou perto da baliza de Odysseas sofreu o 1-0 (38’). Uma transição rápida do Benfica, conduzida por João Mário, continuada por Yaremchuk e concluída por Waldschmidt castigou um episódico atrevimento do Arouca. A velha história da manta curta, que deixou os pés a descoberto.
Era uma questão de tempo até ver este golo aparecer. O segundo apareceu pouco depois, por Yaremchuk. O ucraniano mostrou serviço na estreia como titular. O resto do jogo resume-se às perdidas do Benfica (que podia ter goleado... nas calmas) e ao regresso de André Almeida à competição, já com bom andamento.
André Almeida "emocionado" após 300 dias
André Almeida regressou à competição após 300 dias de afastamento, devido a uma grave lesão. Foi muito saudado pelos adeptos. "Estou muito emocionado. Era um momento pelo qual esperei durante muito tempo. Já se fazia tarde até. Ainda tenho muito para vencer no Benfica", disse o jogador de 30 anos, que entrou aos 66 minutos e recebeu a braçadeira de capitão.
Análise ao jogo
Positivo: Yaremchuk deixa marca
O avançado ucraniano Yaremchuk deixou bons apontamentos, nos 57 minutos que esteve em campo. Foi titular e justificou. Excelente a forma como trabalha a bola no lance do primeiro golos. Felino a aparecer no espaço para o desvio para o 2-0.
Negativo: Tanto desperdício
O jogo ficou fácil para o Benfica logo aos 8 minutos. Mas isso não justifica tanto relaxe no momento do último toque. A equipa de Jorge Jesus criou para cima de uma dúzia de oportunidades flagrantes de golo e só marcou dois. O que é muito pouco.
Arbitragem: Falta de bom senso
A falta de bom senso no lance que marca o jogo é gritante. De resto, Manuel Mota até acabou por ser incoerente, pois noutros momentos não mostrou igual critério na interpretação da lei da vantagem.
Análise aos jogadores
Yaremchuck - O ucraniano, ainda com pouca dinâmica de jogo, demonstrou muita qualidade no tempo em que esteve em campo. Fez a assistência para o 1-0 e estreou-se a marcar com a águia ao peito.
Odysseas – Boa defesa a negar o golo aos 45+5’.
Gilberto – Jogador híbrido: tem bons pormenores de lateral, mas tem outros lances com intervenção fraca.
Otamendi – O chefe teve um jogo descansado.
Morato – Seguro a defender, vale-se da estampa física para travar os adversários.
Gil Dias – Desequilibrador, sabe muito bem aliar a velocidade à apurada técnica.
Meité – Cumpriu no meio-campo mas sem se evidenciar.
João Mário – Transportador de bola requintado, esteve a meio-gás. Bom remate.
Pizzi – Assistência para o 2-0, recuperou algumas bolas.
Everton – Dinâmico na esquerda, sem objetividade.
Waldschmidt – Inaugurou o marcador, esteve em muitos lances mas revelou uma constrangedora ineficácia na área.
Rafa – Entrou e agitou o jogo mas continua pouco eficiente.
Taarabt – O marroquino dinamizou o meio-campo.
Gonçalo Ramos – Tentou marcar o seu golito mas teve uma falha incrível: atirou ao ferro na pequena área.
André Almeida – Regressa dez meses após grave lesão. Para os aplausos e mostrar que podem (ainda)contar com ele.
Carlos Vinícius – Duas intervenções em pouco tempo.
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