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Sporting paga dentista a família de Bruno

Clube oferece várias contrapartidas e até paga as lonas para colocar como publicidade estática.

23 de junho de 2018 às 01:30

São várias faturas, entradas no Sporting, que beneficiam diretamente a família de Bruno de Carvalho. Tiveram direito a tratamento dentário, sem gastar um tostão, numa prestigiada clínica da capital.

Foi no âmbito de um protocolo assinado em março do ano passado e que deveria vigorar até 2020. Pelo menos Joana Ornelas, mulher de Bruno de Carvalho, e a mãe do presidente agora suspenso, recorreram a esses serviços. Tal como a mulher de Rui Caeiro, outra das utilizadoras da clínica Malô, cuja conta foi paga pelo Sporting.

O CM consultou os documentos que mostram vários beneficiários. Os primeiros são os diretores e administradores do Sporting que podem usar uma verba anual de 55 mil euros. Aqui também se incluem mulheres e filhos e os jogadores da equipa profissional. Verba diferente está destinada aos ascendentes (pais). A SAD ‘oferece’ apenas 20 mil euros, mais 20 por cento de desconto quando o plafond for ultrapassado. O valor variável depende da autorização do diretor dos recursos humanos.

Além de ter de pagar pelos serviços dentários, o Sporting aceitou ainda oferecer publicidade à clínica. Desde a obrigatoriedade de fazer entrevistas na Sporting TV e no jornal do clube até à garantia de que seriam disponibilizadas brochuras, flyers ou vouchers durante os jogos da Primeira Liga.

A clínica exigiu ainda uma presença muito ativa também nas modalidades, nas quais deveria haver publicidade estática pelo menos nos jogos em casa. Foram dezoito exigências, algumas delas a expensas do Sporting que até teve de pagar as lonas e as posições estáticas a incluir no estádio.

O acordo já está firmado por três anos e mesmo que os serviços médicos não sejam utilizados, a Sporting SAD terá de pagar os 100 mil euros previstos anualmente, no mesmo contrato de permuta de serviços.

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Ou seja, o tribunal entendeu que a suspensão de funções que foi aplicada a Bruno de Carvalho pela Comissão Transitória de Fiscalização que substituiu o Conselho Fiscal e Disciplinar não viola os estatutos. Está assim declarada a legalidade da comissão de gestão, assim como a suspensão de Bruno de presidente do clube. O Juízo Local Cível de Lisboa homologou também duas desistências de Bruno de Carvalho.

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