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Mensagens encontradas em telemóveis de 'Super Dragões' consolidam tese do MP e não agravam crimes

MP acredita que as agressões na AG constituíram um ato organizado com o objetivo de ameaçar os sócios.

03 de fevereiro de 2024 às 09:31
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Perícias em telemóveis atrasam diligências na 'Operação Pretoriano'. Crimes de 'Super Dragões' podem ser agravados

O juiz Pedro Miguel Vieira chamou, com urgência, todos os advogados dos detidos na 'Operação Pretoriano'. As diligências estão, de momento, interrompidas. 

O interrogatório a Vítor Oliveira, conhecido como 'Aleixo', que já está no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, deveria ter arrancado na manhã deste sábado.

O atraso pode ser explicado por um de dois motivos: o Ministério Público (MP) pode ter pedido a libertação de arguidos, ou vai agravar as molduras penais.

As autoridades estavam a realizar perícias aos telemóveis dos detidos, o que pode explicar o pedido do juiz. Pedro Miguel Vieira vai agora reunir com todos os advogados.

O interrogatório aos elementos dos 'Super Dragões' detidos no âmbito da Operação Pretoriano prossegue este sábado, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Fernando Madureira, chefe da claque do FC Porto, responde por branqueamento de capitais e é o último a ser ouvido. Um dos detidos já está no tribunal.

Matéria nova

Quatro telemóveis continham mensagens e áudios de Whatsapp vistas pelo juiz como matéria nova, razão pela qual os crimes imputados aos elementos dos 'Super Dragões' podem ser agravados. Neste conjunto inclui-se o telemóvel de Vítor Catão, mas não o de Fernando Madureira. 'Macaco' recusou-se a dar o código

O juiz passou a matéria para o MP e dará oportunidade aos advogados de conhecer a prova, através de uma 'pen' com o relatório, antes de confrontar os arguidos a este respeito.

A matéria nova não alterou as qualificações jurídicas e consolidou a tese do MP de que as agressões na Assembleia-Geral de 13 de novembro constituíram um ato organizado com o único objetivo de ameaçar os sócios do FC Porto.

Operação Pretoriano

O primeiro interrogatório judicial começou na quinta-feira. O MP realça os perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação do inquérito, de alarme social e de fuga.

Na quarta-feira, uma megaoperação da PSP resultou na detenção de Fernando Madureira, da esposa Sandra Madureira e de dez outros elementos dos 'Super Dragões'. A polícia apreendeu diversas armas e estupefacientes, um cofre com 50 mil euros, três carros topo de gama de Fernando Madureira, bem como material informático e peças de vestuário.

A investigação debruça-se sobre as agressões registadas na Assembleia-Geral do FC Porto de 13 de novembro e sobre as ameaças ao candidato à presidência do clube André Villas-Boas.

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