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Rússia ameaça enviar armas nucleares para o Báltico

Moscovo ameaçou reforçar forças terrestres, navais e aéreas na região se a Finlândia e a Suécia aderirem à NATO.

15 de abril de 2022 às 01:30

A Rússia ameaçou esta sexta-feira reforçar as suas defesas na região do Báltico com armas nucleares se a Finlândia e a Suécia decidirem aderir à NATO, garantindo que o alargamento da Aliança até junto das suas fronteiras terá “consequências indesejáveis”.

A ameaça da Rússia foi feita pelo antigo Presidente Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo e aliado próximo de Vladimir Putin, que garantiu que, no caso de a Finlândia e a Suécia se juntarem à NATO, a Rússia terá de reforçar significativamente as suas fronteiras e as suas forças terrestres, navais e aéreas na região. “Não fará mais sentido continuar a falar de um Báltico livre de armas nucleares. O equilíbrio de forças terá de ser restabelecido”, disse Medvedev, acrescentando: “Até agora, a Rússia não tomou este tipo de medidas nem tencionava fazê-lo. Mas se nos forçarem a mão... tomem nota que não fomos nós que propusemos isto.”

A ameaça foi reforçada pelo vice-MNE russo, Alexander Grushcko, que lembrou que a Finlândia, por exemplo , partilha uma fronteira de mais de 1300 quilómetros com a Rússia. “Isto seria uma mudança radical na situação militar e política da região e temos de compreender que a Rússia teria de tomar as medidas defensivas e de segurança que considerar necessárias. Isso iria agravar a situação militar e provocar as consequências indesejáveis que todos queremos evitar”, disse.

As ameaças russas surgem um dia depois de ter sido noticiado que a Finlândia e a Suécia poderão pedir a adesão à NATO ainda antes do verão. Segundo a PM finlandesa, a decisão final “é uma questão de semanas”.

Apesar de tudo, os países da região não se mostram assustados. A PM da Lituânia, Ingrida Simonyte, disse ontem que as ameaças da Rússia “não são nada de novo” e o seu ministro da Defesa, Arvydas Anusauskas, lembrou que “há muito tempo que a Rússia tem armas nucleares” no enclave de Kaliningrado, que fica entre a Lituânia e a Polónia.

As forças ucranianas disseram ter atingido com dois mísseis o cruzador ‘Moskva’, navio-almirante da Frota do Mar Negro e um dos orgulhos da Marinha russa. A Rússia confirmou um incêndio a bordo que atingiu o depósito de munições. Ao fim do dia admitiu que o ‘Moskva’ afundou, mas não assumiu que o navio tenha sido atacado.Além de o ‘Moskva’ (Moscovo) ser o navio bandeira da Frota do Mar Negro, sediada na Crimeia, foi ele que no início da guerra ameaçou a guarnição ucraniana da ilha das Cobras, a qual respondeu com a já célebre frase: “Navio russo, vão-se f...”.

Antes de afundar, o cruzador foi evacuado e estava a ser rebocado para porto, não tendo sido avançada qualquer estimativa de baixas entre os 510 tripulantes. Fontes ucranianas falam em “centenas de vítimas”. A confirmar-se a intervenção ucraniana, trata-se de um ataque de grande impacto, não só militar, mas também simbólico.

Além de o ‘Moskva’ (Moscovo) ser o navio bandeira da Frota do Mar Negro, sediada na Crimeia, foi ele que no início da guerra ameaçou a guarnição ucraniana da ilha das Cobras, a qual respondeu com a já célebre frase: “Navio russo, vão-se f...”.

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