Adélio atacou o líder da corrida presidencial brasileira com uma faca.
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Adélio Bispo de Oliveira, o homem de 40 anos que quinta-feira passada tentou matar à facada o líder da corrida presidencial brasileira, Jair Bolsonaro, e que alegou ter agido "a mando de Deus" afirma ouvir vozes dentro da própria cabeça pelo menos desde a adolescência. Pessoas que o conhecem desde criança revelaram esse detalhe aos agentes da Polícia Federal que tentam esclarecer o atentado, que deixou Bolsonaro com graves lesões no abdómen e o tirou da campanha nas ruas.
Uma mulher que conviveu com Adélio quando este tinha apenas 16 anos, contou que o então adolescente já nessa altura apresentava um comportamento estranho. Segundo ela, Adélio confidenciou-lhe que dentro da sua cabeça soavam vozes de origem desconhecida, o que já nessa altura o perturbava.
Familiares dele também o classificaram como uma pessoa de comportamento estranho. Embora alguns o defendam, a maioria diz que Adélio oscilava entre períodos em que ficava bastante reservado, isolado de todos e quase sem falar, com outros em que, inesperadamente e sem razão aparente, explodia num acesso de violência.
O suspeito tem inclusive registos na polícia por lesão corporal, por se ter envolvido numa briga em família na qual feriu familiares. Em outro episódio, Adélio, ao não conseguir entrar na casa onde vivia com a família, que tinha trocado a fechadura por medo, teve um ataque de fúria e arrombou a porta.
Pronto para matar e morrer
Segundo trechos desse depoimento que foram disponibilizados à imprensa, Adélio não esperava sair vivo da sua tresloucada tentativa de matar Bolsonaro, que costumava atacar com frases agressivas em redes sociais. Ele afirmou ainda que sabia que após o ataque seria fuzilado pela polícia que fazia a segurança do candidato presidencial.
Na verdade, o que aconteceu foi exatamente o contrário. Após desferir a brutal facada em Bolsonaro, Adélio foi cercado pela multidão de apoiantes do candidato e foi violentamente espancado, só escapando com vida porque a polícia, a muito custo, conseguiu tirá-lo dali.
Outros suspeitos
Essas pessoas ou estavam próximas a Adélio na hora do atentado ou conviveram com ele nos últimos dias em Juíz de Fora, onde Adélio, que vivia numa cidade distante, Montes Claros, só estava há duas semanas e onde teoricamente não conhecia ninguém. Ele trocou incessantes mensagens através do telemóvel com essas pessoas, inclusive no dia do crime, e essas mensagens estão a ser investigadas pela polícia.
Os federais tentam apurar se o atentado foi uma ação organizada e premeditada pelo grupo ou se essas pessoas, percebendo a suposta perturbação de Adélio e o seu ódio por Bolsonaro, o incentivaram a matar o candidato. Bolsonaro continua internado numa Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde foi transferido após delicada cirurgia de emergência em Juiz de Fora, mas recupera-se bem.
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