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Mãe de Putin chegou a estar na fila para ser enterrada vida

Hitler tinha como foco principal chegar a São Petersburgo e, durante o percurso, exterminar o povo russo.

28 de março de 2025 às 10:11

Maria Ivanovna Shelomova Putina, a mãe de Vladimir Putin, o atual presidente russo, fez parte dos vários milhões de russos que sofreram com o Cerco a Leningrado, cidade conhecida como São Petersburgo, durante a Segunda Guerra Mundial. A mulher chegou a estar no meio de cadáveres para ser enterrada viva. Durante esse período de extrema dificuldade, Maria perdeu o filho mais velho que, até hoje, ninguém sabe [inclusive Putin] onde foi enterrado. “Não sei onde está enterrado o meu próprio irmão, que nunca vi, nunca conheci”, afirmou o presidente da Rússia, há alguns anos, numa cerimónia num cemitério de São Petersburgo.

Estima-se que 1,5 milhões de soldados e civis morreram no Cerco de Leningrado, durante a Segunda Guerra Mundial. A tragédia começou semanas depois de as tropas de Hitler invadirem a Rússia no verão de 1941. O cerco durou até 1944, o que equivale a cerca de 900 dias. 

A cidade era, na altura, um polo dinamizador de cultura, entre ballet, poesia e música, onde se destacavam as igrejas com cúpulas vistosas. No final da década de 1930,  também os pais de Putin iam ao teatro para ver o comediante do regime soviético, Arkady Raikin. 

Quando a Segunda Guerra Mundial abalou a Europa e todo o mundo, a cidade tornou-se um centro de armamentos da União Soviética. Hitler tinha como foco principal chegar a São Petersburgo e, durante o percurso, exterminar o povo russo. 

Os cadáveres eram tantos que os coveiros da cidade não conseguiram suprir as necessidades e, por isso, os corpos tiveram de ser empilhados. Segundo o Daily Mail, a mãe de Vladimir Putin foi uma entre os vários cidadãos russos marcados pela tragédia. Segundo relatos, alguns moradores conseguiram retirar Maria do meio dos mortos que estavam a aguardar para serem enterrados. 

Vladimir Spiridonovich, pai de Vladimir Putin, encontrava-se a lutar pelo Exército Vermelho, durante esse período. Em São Petersburgo, Maria tentava sobreviver com o filho mais velho, Viktor. Contudo, face às dificuldades extremas, Viktor foi adotado pelas autoridades, uma vez que havia uma crença de que o estado comunista poderia fornecer alimentação mais regular em instituições especiais. Não conseguiu. A família Putin recebeu a notícia trágica que o irmão mais velho de Putin tinha morrido de difteria, uma doença infecciosa.

Viktor — que seria o irmão mais velho de Vladimir Putin — foi uma das inúmeras crianças enterradas em valas comuns.

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