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Partidos recusam apoiar candidatos no Brasil

Maioria dos partidos recusou declarar publicamente o seu apoio a Bolsonaro ou Haddad na segunda volta.

11 de outubro de 2018 às 01:30

Numa situação inédita que espelha o extremo a que chegou a divisão política no Brasil, a maior parte dos partidos está a recusar apoiar na segunda volta das presidenciais tanto o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, que venceu a primeira volta, como o candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, que ficou em segundo. Os partidos estão a optar por se manterem neutros ou, simplesmente, não tomarem qualquer posição.

Documentos

Dois dos três maiores partidos do Brasil, o Movimento Democrático Brasileiro, de Michel Temer, e o Partido da Social Democracia Brasileira, do quarto colocado na primeira volta, Geraldo Alckmin, até ontem não tinham conseguido decidir quem apoiar.

Do lado mais conservador, o Partido Novo e o Partido Democratas declararam-se neutros, tal como o partido Podemos, do candidato Álvaro Dias. À esquerda, dos grandes, só o Partido Socialista Brasileiro, declarou apoio a Haddad.

Já o Partido Popular Socialista anunciou que não apoiaria ninguém pois tanto Bolsonaro quanto Haddad "representam ditaduras", e o Partido Democrático Trabalhista, de Ciro Gomes, terceiro na primeira volta, apesar de já ter anunciado oposição firme a Bolsonaro, ainda não declarou apoio a Haddad.

O chamado ‘Centrão’, grupo de partidos que sempre apoiam quem está no poder (já serviu de base aos governos de Lula, Dilma e Temer) e que na primeira volta apoiou Alckmin, trilha a mesma indefinição, com exceção do Partido Trabalhista Brasileiro, que declarou apoio a Bolsonaro.

O maior do grupo, o Partido Progressistas, declarou neutralidade, enquanto o Partido da República, apesar da base evangélica idêntica ao Partido Social Liberal, de Bolsonaro, evitou dar-lhe o seu apoio.

Conselheiro de Bolsonaro suspeito de fraude  

O Ministério Público abriu uma investigação contra Guedes, dono de várias corretoras financeiras, acusando-o de, entre os anos de 2009 e 2013, se ter associado a executivos de empresas públicas ligados ao PT e ao MDB para emitir e negociar irregularmente milhões de euros em títulos dos fundos de pensões.

Portugal e Brasil "são países irmãos" independentemente do presidente

Falando após uma reunião com o homólogo brasileiro Aloysio Ferreira, em Lisboa, Augusto Santos Silva lembrou que Portugal e Brasil "partilham muitos valores e orientações" e que "o empenhamento" vai continuar.

PORMENORES 

Médicos afastam debate

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Lula ‘liberta’ Haddad

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