Furacão dirige-se para a Florida, EUA, onde há 70 mil portugueses, depois de ter causado, pelo menos, 9 mortos nas Caraíbas.
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Cerca de 70 mil portugueses estão na rota do furacão ‘Irma’, o mais poderoso das últimas décadas no Atlântico - com categoria 5 e ventos de 300 km/h - , que já deixou um rasto de morte e destruição por onde passou e prepara-se agora para atingir Cuba e a Florida, a partir de hoje.
Ontem, centenas de portugueses já tinham sido retirados de estâncias turísticas cubanas, de Havana e Varadero, e de Miami (EUA), não havendo registo de cidadãos nacionais feridos ou desaparecidos. Também os turistas que se encontravam em Punta Cana, na República Dominicana, estavam todos bem, segundo o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.
A situação mais preocupante era mesmo Cuba, que ativou a fase de alarme, onde cerca de cem portugueses foram retirados de Cayo Coco.
Barbuda e Saint Martin foram as ilhas das Caraíbas mais atingidas, além de Porto Rico e Saint Barthélemy, com registo de, pelo menos, nove vítimas mortais. O primeiro rosto conhecido desta tempestade foi um surfista de 16 anos, Zander Venezia, que morreu afogado nos Barbados depois de ter tentado surfar a onda da sua vida, aproveitando as vagas provocadas pelo furacão, mas acabou por cair da prancha.
Com os turistas portugueses que se encontram em Cuba já retirados das zonas aparentemente mais perigosas, o estado norte-americano da Florida, que deve ser atingido pela tempestade durante o fim de semana, é a próxima preocupação. Dos 250 mil portugueses inscritos na rede consular dos territórios que se encontram na rota do furacão - a maioria (179 mil) na Venezuela, que deverá ser poupada à tempestade -, 70 mil encontram-se na Florida, sem contar com os turistas, que viajam, sobretudo, para Miami. Depois de a Agência Federal de Situações de Emergência dos EUA ter anunciado que o furacão deve atingir a Florida de forma muito "destrutiva", milhares de pessoas já começaram ontem a ser retiradas de Miami Beach.
"Tudo voava à nossa volta. Foi aterrador"
Fernando Ferreira da Silva vive com a mulher na ilha caribenha de São Bartolomeu há 10 anos. Já passou por muitos furacões, mas nada como o que viveu na madrugada desta quinta-feira. "Estava com a minha mulher e fechámo-nos em casa pelas cinco da tarde. Depois foram horas a sentir a casa a tremer e os estrondos de objetos a chocar contra as paredes. Tudo voava, foi aterrador." Carpinteiro de profissão, o emigrante de 61 anos está, ainda assim, otimista: "As pessoas aqui estão preparadas. Acredito que, daqui a um mês, estará tudo arranjado. Não há notícias de mortes ou feridos graves", conta ao CM via telefone. Ontem, a capital da ilha, Gustávia, estava sem luz nem água e com as ruas cheias de detritos. Mas já era possível aceder à internet e fazer chamadas telefónicas.
Fernando antecipa que terá pela frente "dias de muito trabalho", na reconstrução da ilha francesa.
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Cristóvão Colombo é autor do que será o primeiro relato de um encontro com um furacão. Foi atingido por um nesse ano, quando se aproximava da ilha de Hispaniola (mar da Caraíbas).
Aquecimento do mar
Um furacão usa o ar quente e húmido como combustível. Daí o facto de só se formarem sobre águas quentes, em áreas próximas do Equador.
Dois dias para nascer
Um furacão precisa de tempo para se formar. No mínimo, necessita de 48 horas.
Rotação dos ventos
Os furacões que se originam a sul do Equador sopram no sentido dos ponteiros do relógio, os que se formam a norte sopram em sentido contrário.
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