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Quem é Abu Mohammed al-Julani, o líder dos rebeldes que provocou a queda do presidente da Síria

Depois de terem controlado Damasco, as forças rebeldes deram conta de que al-Assad fugiu e que se pôs fim "a um período negro" na história do país.

09 de dezembro de 2024 às 10:31

Longe dos olhos do mundo, Abu Mohammed al-Julani venceu o "duelo" frente ao presidente sírio Bashar al Assad. O movimento que comandou na guerra civil da Síria ganhou dimensão por ser a frente mais poderosa contra o presidente. 

Na semana passada, o movimento de rebeldes Hayat Tahrir al Sham (HTS) e o seu líder Abu dominaram a cidade de Aleppo, considerado um dos maiores movimentos nos 13 anos de guerra civil. Abu Mohammed, conhecido como um 'radical moderado', enviou uma mensagem às minorias do país para tranquilizar o povo. 

Segundo Joshua Landis, um especialista em assuntos relacionados com a Síria e chefe do Centro de Estudos do Oriente da Universidade de Oklahoma, o rebelde "tem sido mais inteligente que Assad". O especialista ouvido pelo The Jerusalem Post, considerou que esse avanço aconteceu porque Abu mudou, "fez novos aliados e lançou a ofensiva".

Criação de Hayat Tahrir al Sham (HTS)

Fundou em 2011 um movimento com seis pessoas denominado por Jabhat Al-Nusra que num ano cresceu para 5 mil elementos. O grupo assumiu a responsabilidade por atentados e por retirarem propriedades a minorias. 

Os Estados Unidos da América consideraram-no em 2013 um terrorista por ter ligações ao Al Qaeda, no Iraque. Abu decidiu afastar-se do Al Qaeda e seguir um caminho diferente. Numa entrevista, em 2021, no programa Frontline dos EUA, considerou injusta a designação de terrorista, uma vez que era contra a morte de pessoas inocentes. 

Terminou com o grupo Jabhat al-Nusra e criou um novo movimento conhecido por Hayat Tahrir al Sham que está agora responsáveis pela queda do regime na Síria.

Num discurso para a televisão síria, os grupos rebeldes anunciaram, este domingo, que derrubaram o "presidente tirano" Bashar al-Assad, terminando com uma dinastia familiar de 50 anos. Depois de terem tomado controlo de Damasco, as forças rebeldes deram conta de que al-Assad - no poder há 26 anos - fugiu e que se pôs fim "a um período negro" na história do país.

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