Teorias, suspeitas e muita fé. Émile está desaparecido desde o dia 8 de julho e não há pistas sobre o seu paradeiro.
Émile, de dois anos e meio, desapareceu no dia 8 de julho na região dos Alpes de Haute-Provence, em França. O menino estava a brincar na casa dos avós, na aldeia Le Vernet, quando deixou de ser visto.
Tudo aconteceu por volta das 17h15 daquele sábado. A família estava a preparar-se para dar um passeio quando se apercebeu da ausência da criança.
Émile tem cerca de 90 centímetros de altura, cabelo loiro e olhos castanhos. Quando foi visto pela última vez tinha vestida uma t-shirt amarela e uns calções brancos com um padrão verde.
Buscas por Émile
Nos dias seguintes ao desaparecimento de Émile foram mobilizados mais de 800 elementos, entre exército, bombeiros, polícia, equipas cinotécnicas, drones, 20 equipas de cães pisteiros e 200 voluntários.
Dois helicópteros equipados com câmaras termográficas sobrevoaram a localidade à procura do menino. A mãe, Marie, gravou uma mensagem de voz que foi transmitida pelas aeronaves para, caso Émile estivesse perdido, ouvisse a voz.
Os pais não acompanharam as buscas, não prestaram declarações à imprensa e nunca foram vistos em público. Sabe-se que vão todos os dias à capela da aldeia pedir intervenção divina e que a família e amigos reagem com agressividade à presença de jornalistas junto à casa dos avós (local onde desapareceu Émile).
No passado dia 13 de julho, as buscas foram suspensas e foi aberta uma investigação preliminar para apurar as causas do desaparecimento.
Esta terça-feira, 19 de julho, foi aberto um inquérito judicial ao desaparecimento de Émile. A "complexidade do caso" levou à abertura do inquérito, segundo o comunicado citado pela BFMTV.
Suspeitas e teorias
Vários voluntários que participaram nas buscas por Émile deixaram as suas teorias sobre o desaparecimento do menino. Segundo o jornal francês 20 minutes, a hipótese de rapto é a primeira a ser levantada. Há ainda quem diga que pode ter sido atacado por um lobo ou atropelado por um carro.
No entanto, a versão que tem levantado mais questões é a dos que consideram que o pai do menor teve "uma atitude estranha" nas buscas pelo menino.
Segundo a imprensa gaulesa, alguns voluntários contam que Colomban, engenheiro de 26 anos, nunca se mostrou emocionado. Pelo contrário, o avô do menino não conseguia conter as lágrimas.
Sabe-se ainda que as autoridades utilizaram um detetor de metais de alta resolução para procurar Émile nos fardos de palha. Grande parte dos agricultores daquela zona dos Alpes está nesta altura a recolher feno dos terrenos agrícolas e colocou-se a possibilidade de o menino ter sido apanhado por uma máquina no processo de enfardamento.
Aldeia fechada
Aldeia fechadaOs residentes temem que a aldeia se torne um ponto atrativo para os turistas. Segundo o Le Figaro, o vereador ordenou a proibição de entrada a estranhos na localidade por mais 15 dias.
"É meu dever, como autarca, garantir a tranquilidade dos meus eleitores e da família, que ainda se encontra em Vernet, não é segredo", afirmou.
"Não há cogumelos nem animais, não há mantimentos nem nada que os motive a ir para lá além de irem para casa", acrescentou o autarca citado pelo Le Figaro.
Família de Émile
Família de ÉmileA família do menino é conhecida por todos os habitantes da aldeia por passar férias naquela zona há cerca de 20 anos. Segundo o jornal francês La de Peche, Émile vivia com os pais em La Bouilladisse, na região de Bouches-du-Rhône, a 30 minutos de Marselha e a 170 quilómetros de Le Vernet. Anteriormente, tinham vivido perto de Marselha.
O pai de Émile, Colomban, nasceu numa família cristã e é o mais velho de dez irmãos. Juntavam-se todos na casa dos pais no verão, onde organizavam vários concertos de música clássica de inspiração religiosa na igreja local.
Pais interrogados
Há ainda outra linha de investigação: a alegada ligação do casal a grupos de extrema-direita franceses, conhecidos nos últimos anos por ataques contra imigrantes.
A mensagem da mãe
“O diabo levava-a regularmente à montanha, mas os anjos traziam-na de volta.” A mãe de Émile partilhou nas redes sociais uma mensagem onde recorre a Benoîte Rencurel, uma pastora que disse ter visto aparições da Virgem Maria, entre 1664 e 1718.
A mulher já tinha partilhado orações pela criança e pela pastorinha: "Vamos rezar por Émile e por Benoîte Rencurel”.
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