Carlos Rodrigues
DiretorO Governo sai da greve geral com dois problemas políticos principais e um desafio. O primeiro problema é ver a esquerda reorganizada em redor de uma causa, o combate à reforma laboral, que lhe permite voltar a comunicar com muitos cidadãos que deixaram de se interessar pelas suas propostas políticas e partiram para outras paragens eleitorais, desde logo nas últimas duas legislativas.
O outro problema do Executivo que resulta do dia de ontem, totalmente novo e eventualmente bem mais sério, é a intuição de que os eleitores do Chega perceberam perfeitamente o problema causado pelas propostas do Governo, aderiram à greve geral, e André Ventura encontrou na contestação à lei do trabalho uma forma de entrar no universo eleitoral da esquerda, alargando o seu potencial político.
Mas o Governo de Montenegro tem agora um desafio sério. O défice de gestão política tem criado problemas desnecessários, como mostra de novo a infeliz declaração de Leitão Amaro sobre a “greve inexpressiva”. De ministros inexistentes, como a da Administração Interna, a erros de casting político, como é o caso da responsável pelo Trabalho, que conseguiu incendiar o País com propostas e palavras despidas de bom senso, está na hora de o primeiro-ministro procurar um novo fôlego para a sua equipa, arregaçar as mangas e virar o olhar do País para o que tem feito bem, em vez de perder tempo com erros absurdos.
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Por Carlos Rodrigues
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