Carlos Rodrigues
DiretorO debate à esquerda foi muito revelador. Este fim de semana, António José Seguro teve de explicar a Catarina Martins que a saída preconizada pelo Bloco de Esquerda durante a intervenção da ‘troika’ estava alinhada com as opções tomadas pelo Governo de extrema-esquerda, na Grécia. O Syriza, nome que já entrou para a arqueologia política do século XXI, quase levou Atenas à bancarrota. Mais revelador ainda foi o momento em que o antigo líder do PS recordou que o segundo Governo de António Costa caiu em parte por causa do chumbo do Orçamento do Estado protagonizado pelo Bloco. A ‘geringonça’ faz parte do imaginário de uma certa esquerda, mas a verdade dos factos é que os parceiros informais de Costa o abandonaram em determinado momento, e acabaram por pagar esse preço, desde logo com a maioria absoluta que o eleitorado decidiu entregar ao PS. O resto é História.
Do debate de sábado à noite, na SIC, saiu, portanto, a clarificação das águas à esquerda. Seguro explicou finalmente, cara a cara com Catarina, que só ele poderá recuperar Belém para a sua área política, e que qualquer voto nos candidatos do PC, do Bloco ou do Livre será um voto perdido que pode redundar numa segunda volta exclusivamente disputada por candidatos à direita, sejam eles Ventura, Marques Mendes ou Gouveia e Melo. A partir de agora, os eleitores socialistas, e de esquerda em geral, já não têm mais pretextos para ignorar o desafio presidencial.
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