Carlos Rodrigues
DiretorSe a lógica política prevalecer, André Ventura vai ser candidato à Presidência da República com o apoio do seu partido. Trata-se de uma decisão acertada e inevitável. Inevitável, porque o interesse do Chega é fixar o seu eleitorado em todos os escrutínios, incluindo a corrida a Belém. Acertada, porque Ventura é, hoje, em dia, líder da segunda maior força parlamentar em Portugal, com ambições de chegar ao poder no mais curto espaço de tempo possível, pelo que, em nome da clareza democrática, não deve ficar de fora do debate relevante sobre o Estado e sobre a Nação, temáticas habitualmente aprofundadas nas eleições para a Presidência. Para evitar a candidatura, teria sido necessário lançar atempadamente outro nome e outro perfil de relevo dentro da mesma área política. Isso não foi feito. Tal como não foi feita a aproximação a Gouveia e Melo, outra via para Ventura ficar de fora. Certo dia, o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que Gouveia e Melo e André Ventura partilham o mesmo eleitorado e têm personalidades políticas muito semelhantes, e que cada um deles tenderia a anular o outro se tivessem de coabitar.
Era a previsão de um divórcio político que se concretizou. O resultado de todo este complexo equilíbrio de forças deverá ser, muito simplesmente, a confirmação da candidatura presidencial de André Ventura.
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Por Carlos Rodrigues.
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