Socorro-me do ChatGPT para chegar ao número de 8,5 milhões de portugueses potencialmente elegíveis para Presidente da República. Imagine-se que todas estas almas se lembravam de anunciar publicamente que não são candidatos a PR. Marcavam uma data, convocavam a comunicação social e, com dramatismo, largavam a novidade: não sou candidato. Foi a este ridículo que Augusto Santos Silva se sujeitou. Andou a dizer que nenhum dos candidatos presidenciais até agora conhecidos “cumprem os requisitos mínimos” – ao contrário dele, claro está, repositório natural de todos os requisitos para todas as altas funções. Santos Silva é, provavelmente, o exemplo mais acabado da pesporrência política da nossa democracia. Aos seus próprios olhos, o mais inteligente, sagaz, preparado, merecedor. O que mais tempo ocupou cargos de poder, incluindo o de pior Presidente da Assembleia da República. Naturalmente, a Presidência da República estava-lhe predestinada. Só que não. Coincidência: Santos Silva fez o seu relevantíssimo anúncio um dia antes do início do julgamento de José Sócrates, de quem foi eminência parda durante anos, sem nunca se ter apercebido de nada. Seja como for, fica uma mágoa. Gostava de ver, em número de votos, o quanto os portugueses anseiam por ele e pelos seus requisitos máximos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Moedas está, desde o primeiro minuto, a fazer o seu trabalho.
Há um lado menos nobre que emerge sempre nestes momentos: o alarmismo e o aproveitamento político.
O regime fica em causa quando se fecha os olhos à realidade
Políticos no terreno só atrapalham.
Hoje há quase mais mil operacionais do que no ano passado.
Em Portugal, é historicamente verificável que a esquerda é a campeã do imobilismo.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos