O caso é conhecido de todos – o do CEO e da diretora de recursos humanos de uma empresa cotadíssima, que deitaram tudo a perder porque foram a um concerto dos Coldplay, onde a sua imagem apareceu nos ecrãs. Não devia ter acontecido – mas ninguém os manda andar em público se não queriam ser vistos em público. Deus é um ironista e não gosta dos Coldplay. Mas o essencial é isto: as grandes tecnológicas, ou os grandes vigilantes que as usam (como o Estado) não precisam de ajuda para colonizar ou destruir as nossas vidas privadas; nós damos bem conta do recado. Os juristas que me desculpem, mas a verdade é que “o direito à imagem” desapareceu. Podemos ser filmados a qualquer momento; o vídeo aparece um minuto depois nas “redes sociais”. Com o fim do direito à imagem desaparece o “direito à privacidade”, uma das conquistas do século XX. A vida privada é um bem inestimável, que só os pobres e os super-ricos podem esbanjar; os pobres, porque não a têm; os super-ricos porque casam em Veneza e sabem o preço de cada gesto.
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