Gosto muito de Tilly Norwood e ela está a dar-me esperança para o mundo dos livros. É uma amável e cómica vingança. Explico: Norwood é uma atriz criada por IA e apresentada no Festival de Cinema de Zurique. O sucesso foi tal que há agências de talentos e relações públicas que apresentaram propostas de representação ao estúdio Xicoia, que a criou, e à produtora Particle6, sua proprietária. Atores e atrizes de carne e osso protestaram em Hollywood - fazem-no periodicamente, aliás, mas sem grande sucesso. Tilly parece simpática, não se engana nos diálogos e cumpre escrupulosamente os contratos, não toma drogas nem é desleal. No mundo dos livros isto seria mais fácil de detetar. Não basta saber gramática, reproduzir uma história da treta, usar adjetivos, dar lições de moral ou copiar pelo parceiro do lado. É preciso saber escrever; o algoritmo para isso está numa região desconhecida do cérebro. Basta um milionésimo de desatenção e pode resultar uma obra de génio.
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Basta um milionésimo de desatenção e pode resultar uma obra de génio.
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O número dos sem-abrigo cresceu 23% de 2022 para 2023, e aumentou 78% nos últimos quatro anos. É uma coisa triste, mas é isto.
O que Dawkins vem dizer é que os pronomes dos tolos são pronomes dos tolos.
Do alto das montanhas, depois do socratismo, passámos a contemplar, como basbaques, uma rede de viadutos, armazéns e caminhos de betão.
Esplendor da Europa não voltará tão cedo, o caminho de regresso está cheio de fantasmas.
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