Parece que, outro dia, um site português publicou uma notícia sobre uma banda pop – mas esquecendo-se de apagar o texto em que o ChatGPT se oferece para ampliar a informação daqueles curtos parágrafos: queres “citações simuladas”, ou queres que “adicione um parágrafo mais promocional”? Ficou lá, digamos, a assinatura – e, ao mesmo tempo, a confirmação de um truque. Isto acontece na mesma altura em que se conhece o estudo ‘Crianças, Jovens e Media: Vidas (Des)Ligadas?’, que parece ter comovido alguns sites de imprensa por se ter chegado à conclusão de que os jovens passam quatro horas por dia no telemóvel mas apenas meia hora a ler livros e ler ou ver notícias (não foi feita a distinção). A escritora Ruth Rendell dizia que “agora as pessoas já não se envergonham de dizer que não leem” – nem livros, nem jornais. Não precisam. Daí que, hoje em dia, a leitura seja cada vez mais uma atividade minoritária. E o conhecimento do mundo, através das notícias é uma coisa dispensável desde que exista wi-fi num paradeiro qualquer.
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