Quando não puderes fazer mais nada, indigna-te. Em Portugal, a indignação é uma droga dura muito popular no mercado político e no “círculo de comentadores virtuosos do regime”. Este fim de semana, Pedro Nuno Santos regressou indignado do Além para pedir a demissão de Carlos Moedas – dando uma ajuda a Ventura, naturalmente. Comentadores e universitários indignaram-se muito e pediram a demissão do ministro da Educação por causa de uma trapalhada portuense em que, afinal, ele tinha razão – e o reitor da universidade deixara um rasto dúbio. Boas almas laicas indignaram-se por causa de uma missa em memória das vítimas da tragédia. Membros do “círculo de comentadores virtuosos do regime”, formados na semana passada em engenharia, indignaram-se com “o cabo” e “a redundância”, depois terem passado o verão indignados com a engenharia florestal. O povo em geral, habituado a este tom, indigna-se com aplicação, achando que os deuses devem intervir. Geralmente fazem-no e, indignados com o espetáculo, deixam a coisa em pior estado.
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Boas almas laicas indignaram-se por causa de uma missa em memória das vítimas da tragédia.
"Sim, os políticos são responsáveis pela qualidade dos técnicos de que se rodeiam".
"Sócrates não faliu apenas o País. Sócrates roubou o País."
"Sócrates montou um espetáculo deprimente, que parece querer arrastar até ao fim".
"O Presidente não resistiu a fazer de comentador, o que lhe está na massa do sangue".
"O problema é o mais importante enquanto duram as chamas. Depois volta o abandono."
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