Quando a senhora Condessa de Gouvarinho interrogou o amante Carlos da Maia sobre as suas relações suspeitas com “a brasileira”, que era “muito linda”, este respondeu-lhe que ia em visita a casa de Maria Eduarda apenas como médico – e que não era possível exigir um atestado de hediondez “antes de penetrar na casa duma doente”. É um problema que, de quatro em quatro anos, se põe aos portugueses quando milhares de candidatos (em terras como Calvos, Anais, Cabeçudos, Picha, Colo do Pito, Fatela, para não me alongar) expõe as suas fotografias pelas ruas e estradas do país exibindo sorrisos, esgares, penteados, músculos, dioptrias e guarda-roupa. Não se lhes pode, sem ofensa, pedir um atestado de formosura, ainda por cima quando os cartazes se eternizam por meses, poluindo o país. Por isso, é de registar a melhor campanha autárquica até agora, a de Isaltino de Morais em Oeiras: um ‘outdoor’ em fundo verde, sem fotografia, com apenas uma palavra (“Isaltino”) e um símbolo (“™”, de “trade mark”, marca registada). Tenham inveja.
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"Sim, os políticos são responsáveis pela qualidade dos técnicos de que se rodeiam".
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"O Presidente não resistiu a fazer de comentador, o que lhe está na massa do sangue".
"O problema é o mais importante enquanto duram as chamas. Depois volta o abandono."
Não são jornalistas quem decide deixar-se fotografar no Algarve com o país a arder.
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