As comemorações do IV Centenário da passagem de Camões pela Ilha de Moçambique (1969) tiveram direito a várias comissões de honra, uma estátua inaugurada por Baltazar Rebelo de Sousa (então governador-geral de Moçambique), festejos na fortaleza de São Sebastião, Mocidade Portuguesa, selos comemorativos, charanga, museus – e um empurrão dado pelo próprio Marcello Caetano, que esteve na então província em abril desse ano. Três anos depois, Jorge de Sena chegou a Lourenço Marques para falar de Camões e escreve o prefácio para ‘As Quibíricas’ (ou, para seguirmos à letra a grafia da capa, ‘Quybyrycas’), "poema ético em oitavas", impresso na Tempográfica, em Lourenço Marques. Sobre ‘As Quibíricas’ vem assim no frontispício: "Que corre como sendo de Luís Vaz de Camões em suspeitíssima atribuição de Frey Ioannes Garabatus. Impressas em Moçambique, com real privilégio de Jorge de Sena." Esse Frei João Grabato, que atribui o livro a Camões, é João Pedro Grabato Dias – que, por sua vez, é pseudónimo de António Quadros (1933-1994), pintor e poeta que viveu em Moçambique até 1984 e que, em 1975, usou o pseudónimo Mutimati Barnabé João para publicar ‘Nós, o Povo’.
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