Notícias desta semana, idênticas a outras de semanas e meses anteriores, deram conta de investigações realizadas pela PJ nas quais se pôs termo a atividades que lesaram o Estado em vários milhões de euros. Encantados com tais resultados, a direção e a tutela profusamente divulgaram estes desfechos, com isto propagando a mensagem de que a Justiça funciona, que as instituições estão atentas e que o esbulho do erário público não ficará impune. O que não foi dito é que, na maioria das vezes, essas megainvestigações são levadas a cabo por um número reduzido de investigadores, que sacrificam muito da sua vida pessoal para levar a bom termo as diligências necessárias, estas impossíveis de realizar com tão parcos recursos e dentro do horário de expediente. Os milhões recuperados são suficientes para pagar o salário desses investigadores até ao final da carreira, mas o mesmo Estado, que abnegadamente defendem, nega-lhes até o básico direito de receberem o valor da sua hora normal pelas horas extras trabalhadas. Essa é a parte que retira brilho à narrativa, mas que tem de ser incluída para que a história não fique mal contada. Até quando?
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